COLAPSO NO SUL

Maior navio de guerra da América Latina sai do RJ para socorrer vítimas das enchentes no RS

O maior navio de guerra da América Latina foi deslocado para ajudar a população afetada pelas enchentes no rio Grande do Sul. Ele produz água potável, leva embarcações menores e pessoal que vai ajudar no socorro

Por Renato Alves
Publicado em 08 de maio de 2024 | 09:20
 
 
 
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BRASÍLIA – Saiu do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (8), rumo a Rio Grande, no litoral do Rio Grande do Sul, o maior navio de guerra da América Latina para ajudar a população afetada pelas enchentes no Estado.

Incorporado pela Marinha do Brasil em 2018, o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico leva oito embarcações de médio e pequeno porte e duas estações móveis para tratamento de água, capazes de produzir um total de 20 mil litros de água potável por hora. 

Elas serão usadas para o abastecimento de água da população, que sofre com o colapso do sistema de tratamento e abastecimento no Estado.

Confira medidas e capacidade do NAM Atlântico:

  • Origem: Reino Unido
  • Tamanho: 203,43m
  • Pode transportar 21.578 toneladas
  • Velocidade máxima: 18,0 nós, equivalente a 33,3km/h
  • Raio de ação: 8.000 milhas náuticas
  • Tripulação: até 806 fuzileiros navais
  • Aeronaves embarcadas: 18 helicópteros

No início do ano, a embarcação foi enviada para ajudar nos esforços de resgate às vítimas das chuvas em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, onde serviu como estrutura para um hospital de campanha de 200 leitos.

Antes de ser incorporado à Marinha do Brasil, o NAM Atlântico participou de conflitos militares, como em 2003 na Guerra do Iraque.

Marinha diz que mobilização é igual a de uma guerra

A Marinha do Brasil ainda está mobilizando quatro navios, 20 embarcações, 12 aeronaves e centenas de militares, em uma operação similar a uma ação de guerra, segundo a força. 

Na segunda-feira (16), da Base Aérea do Galeão (RJ), partiram os primeiros militares do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais em Apoio à Defesa Civil, além de 18 profissionais de saúde da Unidade Médica Expedicionária da Marinha. 

Os militares da Marinha deixaram o Rio de Janeiro em uma aeronave KC-390 da Força Aérea Brasileira (FAB), rumo a Canoas (RS). No voo, os fuzileiros navais levaram também um Hospital de Campanha, com capacidade de operar até 40 leitos. 

Nesta terça-feira (7) foram enviados para o Rio Grande do Sul o navio de Apoio Oceânico Mearim e o Navio-Patrulha Oceânico Amazonas, equipado com três embarcações e um hospital de campanha, com capacidade para 40 leitos a fim de atender vítimas das enchentes.

Da Base Naval do Rio de Janeiro, também partiu o Navio-Patrulha Oceânico (NPaOc) Amazonas, com mais três embarcações de resgate, 15 mil litros de água, 30 toneladas de alimentos, além de roupas, agasalhos, cobertores e outros itens de uso pessoal para os sobreviventes da catástrofe natural. 

A Marinha do Brasil enviou ainda 40 viaturas e 200 militares para atuarem na desobstrução de estradas, além de equipes de apoio à saúde formadas por médicos e enfermeiros. 

Saiba onde levar roupas e mantimentos para vítimas do RS

Mobilizações no Brasil inteiro estão garantindo itens de sobrevivência básica para doar às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Em Belo Horizonte, por exemplo, diversas entidades e empresas privadas estão recolhendo esses itens, além de ajudas financeiras, para fazer as doações. Veja a lista de locais que estão recolhendo donativos para as vítimas das enchentes no RS. 

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