Este ano que se inicia é ano de eleições gerais. Os brasileiros irão novamente às urnas para eleger presidente da República, senadores, deputados federais, governadores e deputados estaduais. Muitas escolhas que definirão o futuro do Brasil durante os próximos quatro anos de mandatos.
O período de pré-campanha e campanha eleitoral serão, com certeza, aguerridos e intensos. O que vimos em 2014 e 2018 foram campanhas cada vez mais emocionais e polarizadas. A busca por um rumo diferente para a nação dividiu famílias, amigos e comunidades. Hoje, grupos diferentes não dialogam, não compartilham os mesmos critérios de veracidade e consideram a intransigência uma virtude. É este cenário que precisamos superar, com uma política de renovação, com foco em reformas estruturais, políticas públicas eficazes, diálogo político e modernidade na administração.
Em um país presidencialista como o Brasil, a decisão sobre a faixa presidencial sempre toma destaque. Temos 12 pré-candidatos declarados à chefia do Executivo nacional, com uma nítida tendência de repetir e aprofundar a polarização do debate entreextremos e, ao mesmo tempo, a chance de abrirmos um novo caminho.
O Partido Novo está em meio a esse debate com uma candidatura própria à Presidência, buscando apresentar um projeto claro: uma nação próspera, com desenvolvimento econômico e social por meio da liberdade, com um Estado focado no essencial para a população – educação, saúde, segurança e infraestrutura – e que trabalhe pela igualdade de oportunidades para os brasileiros. Uma visão que já se mostrou eficaz e com o reconhecimento dos cidadãos por meio do governo Zema em Minas Gerais, que conta com mais de 70% de aprovação.
Todavia, precisamos reafirmar a importância do debate pelas cadeiras no Legislativo. Sem base de apoio, nenhum governo possui a governabilidade para implementar seu projeto para o país. Todas as propostas sempre passam por modificações no Parlamento. Nas casas legislativas, define-se o Orçamento com as prioridades de políticas públicas, bem como as normas que serão impostas a toda a sociedade. É o poder mais plural e mais representativo da República e funciona como um reflexo de todas as questões que preocupam e motivam a população, fundamental em chamar atenção para os problemas reais que vivemos.
Parte dessa pluralidade passa pelo papel ativo das mulheres na política. Apesar de não ser favorável às cotas legais impostas na formação das chapas, já que nós, mulheres, somos tão competentes quanto os homens e não precisamos de mecanismos artificiais – que somente nos subestimam – para concorrermos com competitividade nas eleições, acredito que a atuação da mulher traz uma perspectiva essencial sobre os problemas da sociedade.
Segundo a ONU Mulher, o Brasil ocupa a 142ª posição entre as 191 nações citadas no mapa global de mulheres na política e é o nono entre os 11 países avaliados da América Latina. Apesar de sermos quase 53% do eleitorado, apenas 16,2% dos candidatos eleitos eram mulheres em 2018. Ainda temos um longo caminho pela frente. Sempre busco incentivar e valorizar a presença de lideranças femininas nos espaços de tomada de decisão para impactar com empatia e de forma positiva os resultados para melhoria da qualidade de vida da população.
As eleições de 2022 nos cobrarão esta consciência: de que tipo de política queremos e de que reforçar o Parlamento com mandatários compromissados com o bem comum, o bom debate, que discutam ideias e sejam dedicados ao resultado na ponta para a sociedade, é essencial no caminho para tornar o nosso Brasil o país admirável que todos queremos.