Protestos

Professores paulistas decidem fazer greve e engrossam movimento

De acordo com cálculo da Polícia Militar, em torno de 3 mil pessoas participaram da assembleia, mas, no ato unificado, o número aumentou para aproximadamente 9 mil

Por Agência Brasil
Publicado em 13 de março de 2015 | 18:47
 
 
 
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Em assembleia na tarde de hoje (13), no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), professores da rede pública de ensino resolveram entrar em greve a partir de hoje (13). Eles reivindicam reajuste salarial de 75,33%  e a contratação de mais professores, como forma de reduzir a superlotação de alunos nas salas de aula.

Os professores tomaram a decisão momentos antes do ato unificado com centrais sindicais e movimentos sociais pelo Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores, da Petrobras, da Democracia e da reforma política. De acordo com cálculo da Polícia Militar, em torno de 3 mil pessoas participaram da assembleia, mas, no ato unificado, o número aumentou para aproximadamente 9 mil.

A presidenta do Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, disse que a paralisação continuará na semana que vem, com visitas às escolas para explicar a alunos e a seus pais as razões do movimento. Outra assembleia para avaliar os rumos da greve foi marcada para a próxima sexta-feira (20), às 14h, também no vão-livre do Masp.

Os professores demonstraram, no entanto, posicionamentos bastante divididos na reunião. Antes da aprovação da greve, praticamente por unanimidade, os professores se dividiam entre gritos de "Fora, Bebel!" e "Fica, Bebel!". Também havia divisão entre os que defendiam o PT e os que pediam a saída da presidenta Dilma Rousseff do cargo.

Em discurso e em entrevista a jornalistas, a presidenta da Apeoesp ressaltou que o ato político pelo Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores, da Petrobras, da Democracia e da reforma política só aconteceria após a assembleia, unindo os professores aos estudantes que chegaram para apoiar o movimento. De lá, todos caminahram para a Avenida Paulista e se uniram aos manifestantes que estavam em frentre à sede da Petrobras. “Esse ato unificado é em defesa dos direitos, da democracia e contra a privatização da Petrobras”, reforçou Bebel.

Todos os manifestantes – professores, sindicalistas, estudantes, sem-terra, trabalhadores estaduais da área de saúde e representantes de vários movimentos sindicais – seguiram, depois, pela Avenida Paulista, até o centro da capital, com intenção de encerrar a caminhada na Praça Roosevelt. Durante a passeata, os manifestantes gritavam: "Fica, Dilma".

Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria Estadual da Educação não se pronunciou sobre a greve até o fim da tarde.

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