Em 2013, o número de mineiros que passaram a contar com água encanada subiu 3,3% em relação ao ano passado, e o índice de contemplados com coleta de esgoto aumentou 5%. Porém, a partir de janeiro, esse avanço vai enfrentar um obstáculo, já que o repasse de recursos da União para obras de implantação de redes de água e de esgoto só será feito se as cidades tiverem um plano municipal de saneamento – e 70% das prefeituras mineiras não concluíram os projetos.
Os gestores reclamam que não contam com recursos nem técnicos capacitados para fazer o plano nem mão de obra capacitada para desenvolver projetos de saneamento. “Não tenho engenheiros especializados, muito menos dinheiro para contratar um estudo como o plano de saneamento”, justificou Nivaldo Ferreira, secretário de meio ambiente de Itabira, na região Central. A saída foi fazer uma parceria com o Comitê da Bacia do Rio Doce, que está realizando os estudos para a cidade, sem custos.
De acordo com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), do total de R$ 61 milhões destinados a investimentos na rede de coleta de água em Minas, apenas 26 milhões foram transferidos. E, dos R$ 228 milhões para rede de esgoto, só R$ 92 milhões foram repassados.
Conforme informou a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru) ontem, em coletiva de balanço das atividades do ano, somente neste ano, seis seminários capacitaram 334 gestores.
Recursos. Nessa quinta o governo do Estado autorizou a liberação de R$ 120 milhões para investimentos em pavimentação e saneamento básico em 255 cidades de Minas. A intenção é que as obras sejam executas em 2014.