Justiça
Confiante, Ana Hickmann chega ao Fórum para acompanhar audiência
A audiência decidirá se Gustavo Henrique Bello Correa, cunhado da apresentadora, vai ou não a júri popular
A apresentadora Ana Hickmann está em Belo Horizonte nesta sexta-feira (20) para acompanhar a audiência que decidirá se o seu cunhado, Gustavo Henrique Bello Correa, irá ou não a júri popular. Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por homicídio doloso pela morte de Rodrigo Augusto de Pádua, 30, fã que tentou matar a apresentadora em maio de 2016, em um hotel no Belvedere, região Centro-Sul da capital.
Acompanhada do réu e da sua concunhada e assessora, Giovana de Oliveira, a apresentadora estava confiante na Justiça. "Estamos confiantes porque sabemos o que aconteceu. Eu, Gustavo e a Giovana somos as vítimas. Se não fosse o Gustavo, hoje seriam três óbitos. Ele é e sempre será um herói para mim", disse Ana Hickmann ao chegar ao Fórum Lafayette, no Barro Preto, região Centro-Sul da capital.
"O que está acontecendo aqui, na minha opinião como cidadã, é uma tremenda injustiça. Como uma pessoa de bem eu acredito na Justiça, que vai acabar logo esse tormento que já vem machucando a nossa família há mais de um ano", concluiu.
Antes de entrar para a audiência, Ana agradeceu o apoio dos fãs. “As pessoas têm mostrado muito carinho desde o dia do ocorrido. Essa semana, mais uma vez, as manifestações de apoio, de força, de orações pra mim, principalmente para o Gustavo e para toda a família. É muito bonito de ver”, completou. Ela falou ainda do cunhado. O Gustavo “é e sempre será meu irmão”, declarou.
Sobre o estado emocional dele, Ana contou que ele está como toda a família. “Indignado, triste, mas ao mesmo tempo confiante. A gente fala que chegou junto naquele dia para trabalhar e está junto hoje para mostrar o certo. Daqui vamos sair juntos para casa de novo”.
FOTO: DENILTON DIAS / O TEMPO |
A apresentadora conversou com a imprensa na chegada ao Fórum |
A apresentadora, porém, não acredita que este seja o último capítulo do processo. Mas ela disse acreditar na Justiça . “Pode demorar mas ela (a Justiça) acontece e acontece da forma certa”. Se não fosse a atitude de Gustavo, Ana acredita que o pior teria acontecido. “Com certeza nem eu, nem ele e nem minha concunhada estaríamos vivos. Seria a celebração três óbitos”, finalizou.
O advogado Fernando José da Costa também conversou com a imprensa e explicou que trata-se de uma audiência de instrução, para que todas as testemunhas arroladas pelo Ministério Público e pela defesa sejam ouvidas.
"O que é triste para toda família e sociedade é que, na verdade, a vítima é a família de Ana Hickmann, que hoje se encontra na figura de acusada de um processo criminal por homicídio. O criminoso aqui é um psicopata. Gustavo apenas defendeu a sua vida e de sua família. Faltou ao ministério público sensibilidade, senso de Justiça. Por enquanto estamos muito decepcionados com o MP", argumentou o defensor.
Pelo menos sete testemunhas devem ser ouvidas nesta sexta – Ana Hickmann, a concunhada dela, Giovana de Oliveira, o cabeleireiro Júlio Figueiredo, que gravou parte das ameaças de Pádua no dia do fato, um segurança do hotel e um perito do Instituto de Criminalística de Minas Gerais.
As informações são do advogado da família da apresentadora, Maurício Bemfica, que afirmou que uma perita contratada pela defesa e uma pessoa que vai falar sobre os antecedentes de Correa também serão ouvidas. Após os depoimentos, o réu será ouvido.
“A expectativa é ficar demonstrado de forma cabal a ocorrência de legítima defesa, que é a nossa linha de defesa desde o início”, afirmou Bemfica. A legítima defesa foi apontada pela Polícia Civil após as investigações. Por isso, a corporação pediu o arquivamento do inquérito, que foi questionado pelo MPMG. Segundo o advogado, Correa e a família estão otimistas e esperam que a juíza “tome a decisão de absolvê-lo de antemão, sem que haja necessidade de levar a júri popular”.
De acordo com a assessoria do Fórum Lafayette, ao final da fase de audiências de instrução, que pode durar mais de um dia, a Justiça vai decidir se Correa vai a júri popular ou se o processo seguirá para uma vara criminal comum. Bemfica, no entanto, garante que o encaminhamento do processo para uma vara comum não é uma possibilidade.
Relembre
O crime ocorreu no dia 21 de maio de 2016, quando Pádua rendeu Correa no elevador do hotel onde eles estavam hospedados e o obrigou a levá-lo ao quarto de Ana Hickmann. Ele ameaçou a apresentadora de morte e deu dois tiros na direção dela, mas os disparos atingiram a concunhada de Ana e esposa de Correa, Giovana de Oliveira. Nesse momento, ele reagiu, lutou com Pádua, tomou a arma dele e disparou três vezes na nuca do fã.
Atualizada às 09h00
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