dois anos depois
Homem que atropelou jovem três vezes é condenado a 5 anos de prisão
Ao estabelecer a pena, o juiz Glauco Soares considerou que o réu era reincidente, já condenado por outro crime, aumentando em um ano a pena base previamente estabelecida
O homem que foi acusado de atropelar um jovem por três vezes no bairro Santa Amélia, na região da Pampulha, em março de 2015, foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão. A decisão saiu nessa quarta-feira (19) durante julgamento ocorrido no 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte.
Durante a sessão, o jovem lembrou que, além de ter ficado com outras sequelas causadas pelo crime, hoje ele necessita usar cadeira de rodas. Ele foi ouvido e confirmou a confusão ocorrida no interior do bar. Testemunhas ouvidas durante o julgamento confirmaram as atitudes do réu no dia do crime.
Defesa
O réu também confirmou o ocorrido e alegou ter agido em consequência da perseguição do grupo, que ainda chutou a porta de seu carro. Nepomuceno ainda tentou justificar, alegando que, naquela data, estava sob efeito de drogas e álcool.
Dessa forma, o advogado Obregon Gonçalves argumentou no sentido de pedir que os jurados não reconhecessem que o crime ocorreu de maneira qualificada.
Porém, o promotor Herman Lott insistiu que a atitude do acusado foi cruel e desproporcional aos fatos ocorridos anteriormente ao crime de tentativa de homicídio.
Condenação
Ao estabelecer a pena, o juiz Glauco Soares considerou que o réu era reincidente, já condenado por outro crime, aumentando em um ano a pena base previamente estabelecida.
Como o crime ocorreu de forma tentada, tendo a vítima sobrevivido, o magistrado concretizou a pena em 5 anos e 10 meses de reclusão, em regime fechado, além de ter mantido a prisão preventiva do réu, durante a fase de recurso.
Entenda
Conforme a denúncia, o acusado Guilherme Henrique Nepomuceno, de 27 anos, se envolveu em uma confusão em um bar, que foi interrompida pela dona do estabelecimento. O suspeito saiu, mas retornou e tentou agredir a mulher.
Um cliente, identificado pelas iniciais T.M.C, que na época tinha 25 anos, tentou defender a dona do bar, com outros rapazes, que obrigaram o agressor a deixar o local. Porém, o suspeito esperou o grupo sair para, pegar seu carro e acelerar seu veículo em direção dos jovens.
Apenas, o cliente T.M.C foi atingido pelo criminoso. Com o impacto, a vítima foi parar no capô do veículo, que andou por cerca de 50 metros até que ela fosse arremessada no asfalto, batendo com a cabeça no chão e ficando desacordada.
Os outros rapazes tiraram a vítima da rua e a levaram para a calçada, mas foram surpreendidos pelo acusado, que novamente acelerou o veículo sobre o passeio. Os amigos de T.M.C conseguiram fugir do carro, mas ele acabou atingido novamente.
Quando os amigos da vítima acharam que o motorista desgovernado havia ido embora, ele retornou e novamente passou com o veículo por cima de T.M.C, ignorando as tentativas de intervenção das pessoas que estavam no bar e na rua.
O criminoso só parou ao ver avistar uma viatura da guarda municipal se aproximando. Preso em flagrante e mantido preso preventivamente, Nepomuceno foi acusado de tentativa de homicídio duplamente qualificado, por meio cruel e uso de meio que dificultou a defesa da vítima.
---
O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.
Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.
Relacionadas
dois anos depois