segunda etapa
Prefeita de Ribeirão Preto é presa pela PF na 'operação Sevandija'
Nova fase apura crimes de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso, corrupção ativa e passiva, entre outros
A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), foi presa na manhã desta sexta-feira (2) em sua casa, na cidade do interior paulista, na operação Mamãe Noel, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco).
A ação cumpre mandados de prisão preventiva, de busca e apreensão e bloqueio de bens em três cidades do Estado de São Paulo, e é a segunda fase da operação Sevandija, iniciada em 1º de setembro, que apura o desvio de um total de R$ 203 milhões nos cofres públicos da cidade do interior paulista.
De acordo com a PF, Dárcy foi presa a pedido da Procuradoria Geral do Estado. A polícia e o Gaeco darão entrevista coletiva para detalhar a operação e as outras prisões às 10h30 desta sexta, na sede do Ministério Público de Ribeirão Preto. Segundo a Polícia Federal, a nova operação apura crimes de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso, corrupção ativa e passiva, entre outros.
O nome "Mamãe Noel" é uma referência às evidências de que a ex-advogada do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ribeirão Preto Maria Zuely Librandi repassou, entre 2013 e 2016, mais de R$ 5 milhões aos demais denunciados, em dinheiro e cheques, desviados da prefeitura de Ribeirão Preto.
O esquema de desvio no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais foi descoberto acidentalmente nas investigações da operação Sevandija, que envolveram interceptações telefônicas, análise de milhares de documentos e investiga o pagamento de propina.
Dárcy Vera foi encaminhada para a superintendência da PF na capital
A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD) deixou a sede da Polícia Federal no município do interior paulista e seguiu para a superintendência da PF em São Paulo.
No momento da saída da prefeita em um carro da PF, alguns cidadãos aplaudiram e outros a xingaram. A ação desta sexta é a segunda etapa da Operação Sivandija, iniciada no dia 1º de setembro, que apura o desvio estimado de R$ 203 milhões dos cofres públicos da prefeitura.
Além da prefeita, foram presos a advogada Maria Zueli Librandi, o também advogado Sandro Rovani, ambos do sindicatos dos servidores públicos municipais. A suspeita é de que eles teriam repassado recursos de honorários arrecadados em uma ação que movimentou R$ 800 milhões para políticos da cidade, entre eles a prefeita.
Outro preso na operação é Marco Antônio Santos, ex-superintendente do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão de Preto (DAERP), considerado um dos operadores do esquema.
O advogado de Rovani, Júlio Mossin, disse que o seu cliente não poderia ser preso, devido a uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que garantiria a sua liberdade. Rovani também foi preso na primeira etapa da operação Sevandija.
A advogada da prefeita, Maria Claudia Seixas foi procurada, mas não retornou as ligações. Os advogados dos outros presos não foram localizados pela reportagem.
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