Estreia de Sheik? Maracanã lotado? O Atlético não se abalou com a pressão rubro-negra e, com direito a golaço de Lucas Pratto, venceu o Flamengo por 2 a 0. O triunfo foi o primeiro do Galo contra o Fla após sete anos no Maracanã e o fim do tabu que perseguia o time alvinegro após a reforma do estádio carioca.
Com o resultado, o Galo retornou ao G-4, com o quarto lugar, e o Urubu deu mais um rasante e entrou na zona de rebaixamento chegando à 17ª colocação. O Atlético volta a campo no próximo domingo (28), às 11h, contra o Joinville, no Mineirão. No mesmo dia, às 18h30, Já o Flamengo vai para a Arena Pantanal enfrentar o arquirrival Vasco.
O jogo. A torcida rubro-negra apareceu em bom número no Maracanã e, claro, buscou a pressão desde os minutos iniciais do confronto, que não teve um bom futebol dentro das quatro linhas. As duas equipes demoraram para se encontrar em campo, com o primeiro chute a gol acontecendo apenas aos 23 minutos de duelo – Patric testou seu arremate.
Antes disso, porém, o placar já havia sido modificado em uma infelicidade de Samir, zagueiro do Fla. Aos 21 min, Dátolo apareceu bem pela esquerda e cruzou à meia altura. Lucas Pratto tentou o arremate no primeiro pau, falhou, mas viu o defensor rubro-negro empurrar contra a própria meta.
Apesar de manter o esquema com apenas um volante de ofício, o Atlético apostou na força de sua marcação após o gol e segurou o ímpeto flamenguista, que tinha em Emerson Sheik, estreante do dia, a sua principal arma.
Mesmo com a armação um pouco desorganizada, o Galo chegou ao segundo gol aos 40 min. Patric se deslocou para o meio e serviu Pratto na entrada da área. O argentino acertou lindo chute e ampliou o marcador.
O segundo tempo começou com o Fla apostando novamente na marcação pressão, causando sustos no goleiro Victor, que teve de trabalhar com uma importante defesa. A zaga alvinegra foi, então, testada insistentemente e voltou a mostrar a consistência não vista nos últimos dois jogos.
O técnico Levir Culpi esperou o rival Cristovão Borges fazer as três substituições para entrar em ação – aos 28 min. Com o Fla mais veloz, principalmente com a entrada de Paulinho, e mantendo a perigosa pressão, o Galo teve as entradas da juventude de Dodô e o poder de marcação de Leandro Donizete – Josué ainda entrou na vaga de Carioca, que saiu mancando.
A retranca atleticana, intensificada após a expulsão de Patric, acabou dando certo e o triunfo em pleno Maracanã foi sacramentado. Vitória do Galo com toques de sorte e inteligência.
