A seleção brasileira feminina de vôlei, atual bicampeã olímpica e decacampeã do Grand Prix, não precisa de nada para comprovar a fama de ter uma das melhores equipes do mundo há vários anos. Se isso acontece sem o título de campeã mundial no currículo, é justamente este torneio que o time de José Roberto Guimarães precisa para fechar a conta e ratificar a condição de equipe a ser respeitada.
Nunca ter vencido o Campeonato Mundial, que começa nesta terça-feira, na Itália, parece não incomodar as atletas brasileiras, que sabem da sua capacidade e do longo caminho que será necessário para levar o caneco para casa.
"Isso não tem nenhum peso para o nosso time. Claro que sempre queremos vencer e esta é uma competição que nossa geração ainda não teve o prazer de levar. O fato de ainda não termos um Mundial acaba virando um desafio para todas nós, vamos em busca disso", garante a oposto Sheilla, uma das principais armas do técnico brasileiro.
A estreia acontece nesta terça, contra a Bulgária, às 15h (horário de Brasília). Canadá, Turquia, Camarões e a Sérvia também estão na chave brasileira.
Com moral. Ter vencido o Grand Prix, competição de relevância no calendário internacional, há poucas semanas, dá motivação para o Brasil realizar bons jogos e fazer valer o status de equipe de alto nível dentro de quadra. O time aproveitou os desfalques das principais adversárias e levou o primeiro lugar. A décima conquista deixou claro que o time está afinado, mas o pé no chão é uma ordem para o novo desafio que aparece.
"Ter levado o ouro no GP, pra mim, não muda em nada. Não acho que somos favoritas. Alguns times não jogaram com as principais jogadoras. Regularidade, preparação física, foco e concentração serão primordiais para alcançarmos o nosso objetivo", alerta a oposto.
Ao contrário desta última competição, o Mundial não terá grandes deslocamentos para as seleções, facilitando o planejamento e a logística. Apesar disso, o caminho até as últimas etapas deve ter, para quem merecer, poucos dias de descanso.
"No Grand Prix, fizemos muitas viagens internacionais e tivemos poucos treinos, o que comprometeu a parte física. Era mais viagem do que jogo. Temos algumas jogadoras experientes, que precisam de um cuidado especial. A comissão está sempre atenta a isso e está fazendo seu trabalho", comenta a ponta Gabi, a mais nova do elenco.
Fórmula de disputa
Os 24 times estão divididos em quatro grupos de seis. Classificam-se para a segunda fase os quatro primeiros de cada chave. Na segunda fase, os 16 classificados se dividem em dois grupos de oito. Os seis melhores avançam. Nesta fase, os times se dividem em dois grupos de três e os primeiros colocados fazem a final.
Grupo A
Itália
República Dominicana
Alemanha
Argentina
Croácia
Tunísia
Grupo B
Brasil
Sérvia
Turquia
Canadá
Camarões
Bulgária
Grupo C
Estados Unidos
Rússia
Tailândia
Holanda
Cazaquistão
México
Grupo D
Japão
China
Porto Rico
Cuba
Bélgica
Azerbaijão