Depois de ter a ponta Jaqueline nas arquibancadas da Vila Leopoldina, na última sexta-feira, contra o Sesi-SP, a noite desta terça reservou o primeiro contato direto da nova contratação com a torcida do Camponesa-Minas. A jogadora, bicampeã olímpica, foi finalmente apresentada aos torcedores entre o segundo e terceiro sets da partida contra o Rexona-Ades-RJ, atual campeão da Superliga feminina.
No entanto, a torcida da grande estrela do elenco, que ainda não tem previsão de estreia, não foi suficiente para as donas da casa baterem o time do técnico Bernardinho. Mesmo sem a presença da oposta Andreia, o time do Rio de Janeiro venceu com facilidade. “Conseguimos equilibrar bem nossas ações, principalmente nos dois primeiros sets. No terceiro, elas tentaram reagir e o jogo ficou empatado até a reta final, quando conseguimos abrir. Ainda temos alguns pontos a melhorar, nosso entrosamento pode evoluir”, afirma a levantadora Fofão, do Rexona.
A vitória de 3 a 0 (25/15, 25/13 e 25/19) foi a quarta da invicta equipe fluminense, que fez o Minas seguir sem vencer na competição após cinco jogos. Destes confrontos, quatro deles foram contra as equipes de maior investimento, consideradas favoritas ao título (Dentil-Praia Clube, Molico-Nestlé-SP, Sesi-SP e Rexona-Ades-RJ).
O próximo jogo do Minas acontece no sábado, fora de casa, contra o São José dos Campos-SP, equipe que também está na parte de baixo da tabela.
Inconstância do Minas deixou vitória distante
No começo do jogo, o Minas até conseguiu pressionar, dificultando o passe das adversárias. A torcida sentiu o bom momento e incentivava com gritos de ‘saca na Natália’, ponta da seleção brasileira. O jogo seguiu equilibrado até os 12 pontos, quando o time de Bernardinho se recompôs e diminuiu os erros.
O passe carioca começou a se encaixar e os erros no fundamento passaram para o outro lado. Vários contra-ataques apareceram para o Rexona, que os aproveitou bem para abrir vantagem e contar com a queda vertiginosa do Minas para sair na frente. Até um ponto de manchete foi marcado pelas visitantes, tamanho foi o ‘apagão’ do Minas, que também apareceu na partida anterior.
No começo do segundo set, o Minas chegou a fazer 4 a 2, mas logo tomou a virada para 8 a 3, graças ao passe inexistente. O técnico Marco Queiroga buscou consertar a deficiência, com Laís no fundo de quadra no lugar de Carla. A tentativa não surtiu efeito e a torcida chegou a pedir raça.
Enquanto o Minas buscava se acertar, o Rexona ia colocando a bola no chão, sem muita dificuldade. Boa diferença foi aberta com 16 a 7, antes do 2 a 0 ser aberto. A jovem levantadora Naiane, de 20 anos, também ganhou sua chance no time do Minas, que não conseguia rodar a bola com a titular Camila Torquette.
No terceiro set, Naiane foi mantida e o Minas teve seu melhor momento na partida. A regularidade da equipe fez a parcial não apresentar grande diferença de pontos. Mesmo assim, o Rexona esteve na frente durante quase todo o período, que não mostrou a esperada reação das donas da casa no placar. Somente na reta final do set é que o Minas diminuiu o ritmo e decepcionou a torcida, que ansiava por um resultado diferente.