Mais polêmica envolvendo o caso dos 29 conselheiros remunerados e que ainda não tiveram a situação definida por parte do colegiado do Cruzeiro. Quatro membros efetivos da Comissão de Ética e Disciplina decidiram deixar os cargos ocupados, restando apenas Fernando Torquetti Júnior. Os nomes que optaram pela saída foram: José Eustáquio Lucas Pereira, Daniel Simões de Carvalho, José Veloso Medrado e Aloísio Vasconcelos.
Em contato com a reportagem do Super.FC, Nagib Simões, presidente do conselho do Cruzeiro, confirmou que existiram divergências entre as partes no tocante ao regimento interno da comissão e o estatuto do Cruzeiro. Porém, as partes chegaram a um consenso e a saída foi motivada por razões pessoais.
"Tivemos algumas divergências em relação ao estatuto, porque realmente são coisas que conflitam. Mas isso não foi motivador. Eu chamei o doutor José Eustáquio e nós chegamos a um entendimento quanto a isso. O que ele me passou, assim como os outros que saíram, foi que o desligamento se deu por uma questão de foro íntimo. Os demais o seguiram, também por suas razões. Mas não existe qualquer coisa de atrito entre nós. Muito pelo contrário", disse Nagib.
A situação também foi confirmada por José Eustáquio Lucas Pereira, presidente da comissão, em contato com a reportagem. "É algo íntimo. Não precisa ser externada. Cada um teve sua razão", reforçou.
A promessa de Nagib Simões, presidente do conselho deliberativo, é que novos nomes serão indicados no máximo até segunda-feira. A comissão tem os seguintes suplentes: Ruy Eduardo Cuba de Almada Lima, Clemenceau Chiabi Saliba Junior, Nilson Luiz Labruna, Sérgio Murilo Braga e Roberto Barra.
"Temos pessoas muito capacitadas dentro do conselho do Cruzeiro e isso, com certeza, não vai trazer nenhum empecilho para o processo. Vamos indicar os nomes até segunda-feira, com certeza, e essas pessoas serão empossadas para tocarem esta situação com a diligência que deve ser", disse Nagib.
A avaliação dos 29 conselheiros, dentre eles Gustavo Perrella, filho do ex-presidente Zezé Perrella, foi dividida em recente comunicado divulgado pelo Cruzeiro. O caso ficará a cargo de duas comissões. Uma vai analisar os casos dos conselheiros natos e outras dos então conselheiros efetivos, mas que hoje estão como associados da Raposa.
O estatuto do Clube proíbe que conselheiros sejam remunerados, mas, na última gestão, de Wagner Pires, 30 deles teriam recebido pagamento do Cruzeiro, segundo o Conselho Gestor. Vinte e nova entraram na Justiça suspendendo a decisão de exclusão do colegiado.