O Cruzeiro vive um clima de alto astral nos gramados, com cinco jogos de invencibilidade na temporada e quatro vitórias seguidas, mas o departamento jurídico da Raposa segue tendo muito trabalho. Afinal de contas, as açõs trabalhistas continuam batendo na porta do clube. A bola da vez é o lateral-esquerdo Egídio, que ingressou com uma ação cobrando R$ 5.626.422,07 do clube estrelado.
O valor milionário, de acordo com o processo, é referente a salários atrasados, férias, 13º, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e premiações que não foram pagas dos anos de 2018 e 2019.
Em janeiro do ano passado, Egídio deixou o Cruzeiro de forma unilateral. Porém, de acordo com o atleta, existiam 'obrigações financeiras' a serem pagas. Como alegado por alguns ex-atletas e funcionários que já ingressaram na Justiça contra a Raposa, o clube acabou não cumprindo com o prazo que possuía para quitar com os compromissos, no caso de Egídio um ano. O jogador então se viu obrigado a procurar a Justiça do Trabalho.
“Ocorre que, ultrapassadas as datas previstas para pagamento – mesmo com uma carência de um ano por parte do trabalhador – não houve qualquer mínimo adimplemento por parte do Clube, razão pela qual move então o Reclamante a competente ação judicial”, diz um trecho da ação.
No acordo inicial estabelecido com o Cruzeiro, o valor que seria pago pelo clube a partir de janeiro deste ano seria de R$ 2,3 milhões, pagos em 20 parcelas de R$ 119.710,99. Todavia, com o não pagamento por parte da Raposa, o valor foi corrigido para para R$ 3.774.219,84 e o Cruzeiro perdeu todos os descontos que possuía. Egídio ainda alega que o clube se comprometeu a pagar o FGTS de forma integral. Também com o descumprimento do acordo de pagamento, o valor do FGTS sofreu reajuste, passando de R$ 216.801,17 para R$ 229.321,85. No processo movido, o lateral-esquerdo espera também receber multas dos artigos 467 e 477 da CLT, além da quitação de honorários advocatícios.