Multicampeão esportivo, o Sada Cruzeiro poderá alcançar hoje o topo do país em mais uma modalidade. Em um duelo de invictos, o time estrelado encara, a partir das 17h, no Independência, o João Pessoa Espectros, na decisão do Brasil Bowl VIII, a final do Campeonato Brasileiro de futebol americano.
Em jogo, além do troféu, está a confirmação de um trabalho que revolucionou a bola oval no Brasil. Em seu primeiro ano na divisão principal da modalidade, a equipe estrelada quebrou paradigmas na competição, levando um modelo semiprofissional até então inédito. Agora, colhe os louros do investimento, conforme nos relata o presidente do Sada Cruzeiro FA, Wesley Oliveira.
“Tivemos muitas críticas por alguns setores que entenderam que montar uma equipe com uma estrutura semiprofissional estaria adiantando o processo que o futebol americano está no brasil. Mas alguém precisava dar o primeiro passo. Encampamos esse projeto, com a chegada de grandes empresas, dando estrutura aos atletas para desenvolver seu trabalho. E provamos a todos que nosso projeto é vitorioso e correto a se fazer. Não se faz time sem investimento. Para quem achava que era um projeto que iria começar e acabar rápido, mostramos que deu certo, já que somos um dos dois melhores do Brasil”, comemora Oliveira.
Apesar do investimento, Wesley sabe o quão complicado será assegurar o troféu do Brasil Bowl VIII. Por isso, ele já encara o ano como vitorioso, independentemente do caneco.
“(o resultado) É fruto de um trabalho intenso. Só de estar na final já é um mérito da equipe e comissão técnica. Desde o início, sabíamos que chegaríamos entre os melhores, mas a final foi um prêmio para essa equipe de guerreiros, que fez um trabalho brilhante. Conquistar esse título será inimaginável. E sabemos que final é final. Não existe favorito. Só de estar aqui já foi um ano vitorioso”, completa.
Decisivos
Um dos jogadores mais valiosos do torneio, o quarterback do Cruzeiro e da seleção brasileira Álvaro Fandini aposta no coletivo estrelado para superar os Espectros, que possuem uma das melhores defesas do certame. Segundo ele, com a “casa organizada”, os playmakers, jogadores responsáveis por criar as principais jogadas, conseguem se sobressair individualmente.
“Nosso trunfo é o jogo coletivo. Com coletivo bem organizado, nosso sistema de jogo se torna bem natural e faz com que os playmakers apareceçam. O ataque jogando naturalmente faz com que os jogadores fluam e, assim, o individual se sobressaia”, aponta.
E é nesse coletivo que ele aposta para o duelo de logo mais.
“Todo o line-up de wide receivers tem me ajudado bastante. É fácil trabalhar com eles, eles entendem nosso sistema de jogo. Trazendo essa inteligência de jogo, é só aplicar o que é treinado. Nosso coletivo não tem um nome em destaque. É o coletivo o grande trunfo”, completa.
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