Foi duro, mas se não fosse assim o sabor não seria especial. Um filme deve ter passado na cabeça dos jogadores do Sada Cruzeiro após a derrota na estreia do Mundial de clubes que acontece na Polônia. Os mineiros, considerados favoritos ao título, sabiam que precisavam de uma outra conduta para reunir forçar e vencer os jogos que restavam.
A forma como a derrota aconteceu para o Lube Civitanova (ITA) na abertura do campeonato não estava nos planos, jogando pra cima do elenco do técnico Marcelo Mendez mais uma pressão. E não é que o time conseguiu carregar mais essa cruz, sendo recompensado com uma nova postura em duas vitórias seguidas por 3 a 0? É melhor não duvida de um time tão vitorioso.
Após triunfar sobre Sarmayeh Bank (IRA) e Zaksa (POL), o Cruzeiro garantiu passagem para Cracóvia, que recebe a partir deste sábado as semifinais. O primeiro jogo terá os brasileiros contra o Zenit Kazan (RUS) às 14h30 (horário de Brasília). Os russos passaram no outro grupo com 100% de aproveitamento e com pouco sofrimento, o que pode fazê-los subir em um perigoso pedestal. Na sequência jogam Belchatow (POL) e Lube Civitanova (ITA) às 17h30.
Diante do Zenit, estará o algoz das últimas finais de Mundial. Foi contra este mesmo Sada Cruzeiro, que manteve o time titular inteiro, que os russos precisarão passar se quiserem alcançar um título inédito. “Trabalhamos muito forte para chegar aqui. Agora podemos jogar sem stress e sem compromisso. Muitos falam que somos favoritos porque vencemos os dois últimos Mundias, porque temos três conquistas no currículo, mas agora as coisas são diferentes. Não estamos mais em casa, estamos em um ambiente distinto, com clima frio e sem torcida. Mesmo assim, conseguimos jogar bem quando deveríamos e é nos atendo a estes bons desempenhos que vamos para a próxima partida”, comenta o central Simón.
Para o líbero Serginho, o que não existe agora é tentativa de escolher adversário. “Se isso pudesse acontecer, a gente já tinha optado por nem entrar no grupo da morte como aconteceu. O lado bom de enfrentar o Zenit é estar diante de um time que a gente conhece bem, que já temos bastante material. Conhecemos a qualidade dele, a pressão que eles colocam no saque e ataque. Vai ser mais um jogo duro”, pontua.
* repórter viajou a convite da FIVB