OPOLE, POLÔNIA. Por mais que a comissão técnica do Sada Cruzeiro tenha estudado e buscado informações a respeito dos adversários no Mundial de Clubes, talvez poucos saibam tanto sobre o vôlei polonês quando o levantador Nicolas Uriarte, que chegou ao time celeste na atual temporada. Nos últimos quatro anos, ele defendeu as cores do Belchatow, que estará na outra chave do torneio.
Mesmo sem enfrentar o ex-time, pelo menos em um primeiro momento, Nico conhece bem o ambiente que será encontrado no país que tem o vôlei como principal esporte. Para ele, estar de volta ao local que lhe deu importante bagagem será um prazer.
“Creio que tem um sabor especial em retornar à Polônia. Vai ser bonito voltar a jogar lá, vou encontrar com muitas pessoas que conheço, sei bem o espetáculo que eles fazem nas arquibancadas. É muito bonito ver como eles respiram vôlei por lá. Mas creio que o mais importante é pensar na nossa equipe. Assim, teremos mais chances de desfrutar bem do sucesso no Mundial”, comenta.
Nico crê que seu patamar atingiu outro nível após quatro anos de uma das ligas mais difíceis do mundo. “Cresci muito como jogador e pessoa dentro de um campeonato muito forte e competitivo. Foram quatro anos de treinos e jogos duros, pude atuar na Champions e viver um dos melhores momentos da minha carreira. Foi uma evolução importante que tive por lá durante este período”, relata.
Adversários. Durante os quatro anos em que disputou a PlusLiga, Uriarte enfrentou diversas vezes o Zaksa, o outro anfitrião da competição, que estará no grupo do Sada Cruzeiro. “Deu para conhecer bem o time deles nesse período. Eles não mudaram muito o time, sei que tem agora um novo oposto. O estilo de jogo deles é bastante acelerado, costumam jogar em velocidade. O tempo lá me ajudou a adquirir muito conhecimento, tentarei aproveitar a experiência que tive a nosso favor”, afirma.
Diante de times com potencial de ataque tão forte, Nico indica um caminho inevitável para incomodar.
“O saque será uma arma importante para complicar o jogo deles. Eles aceleram as jogadas para todos os lados, pelo meio, saída e entrada. É um time que erra pouco, tem potencial e força, mas também sabe jogar com habilidade em muitos momentos. Eles erram pouco, e precisaremos de muita paciência para vencer”, reforça Uriarte sobre um dos adversários da equipe celeste.
*O repórter viajou a convite da FIVB