Recuo petista
Aumentou a vantagem de Anastasia sobre Pimentel na corrida pelo Palácio da Liberdade segundo pesquisa realizada nesta semana e registrada no TSE pelo Instituto Paraná. O senador já aparecia numericamente à frente do governador nas últimas pesquisas que chegaram à coluna, mas em situação de empate técnico. Agora, a diferença supera a margem de erro: seria de 6 pontos (26% a 20%) no cenário com nove candidatos e de 8 pontos (28% a 21%) no quadro com seis. Esses números mostram que o tucano se beneficia da saída de concorrentes da disputa e, principalmente, dos desgastes de imagem do governo. Vista no conjunto, a pesquisa sugere que não houve propriamente um avanço tucano, e sim um recuo petista. Ou seja, a frente atual de Anastasia pode ser obra de seu adversário.
Piora de gestão
O governo Pimentel já começou o ano administrando atrasos no pagamento dos servidores; desde então acumula dificuldades financeiras e políticas. A nova pesquisa mostra a administração com baixa popularidade. A avaliação negativa (ruim/péssimo) vai a 41%, quase o dobro da positiva (ótimo/bom), que é de 22%, e superior à regular, de 34%; a desaprovação (55%) é bem maior que a aprovação (39%). A boa notícia para Pimentel é que, apesar do desgaste, ele mantém larga distância sobre os concorrentes abaixo e ainda preserva capital eleitoral para garantir uma vaga no segundo turno.
Subida íngreme
O desafio para os adversários de Anastasia e Pimentel é imenso, segundo a pesquisa Paraná. Quem quiser chegar ao segundo turno terá que tirar um dos dois governadores do jogo. Em números: para alcançar Pimentel e assumir o segundo lugar, Marcio Lacerda tem que subir 8 ou 9 pontos dependendo do cenário; Rodrigo Pacheco, Dinis Pinheiro e Sara Azevedo, 16 pontos; João Batista Mares Guia, Romeu Zema e Antônio Andrade, mais de 18.
Placar final
O Paraná testou três situações de segundo turno. No embate entre Anastasia e Pimentel, o senador venceria por 42% a 34%. E Lacerda perderia tanto para o adversário tucano (30% a 44%) como para o petista (33% a 38%). Chama atenção o alto índice de indecisos: cerca de 20% ou mais.
O alentado
Temer acertou ao vir a BH nesta quinta, apesar da crise dos combustíveis, para prestigiar a posse do novo presidente da Fiemg, Flávio Roscoe. Num dos momentos mais tensos de sua gestão, ele encontrou alento e conforto na plateia empresarial presente: foi aplaudido duas vezes durante o discurso. Nesse meio restrito, mas poderoso, o presidente segue popular.
O reintegrado
A mesa oficial do evento refletiu a mudança de poder na Fiemg ao incluir o ex-presidente Stefan Salej entre as autoridades. Ele esteve alijado de tudo na entidade nos últimos anos em virtude de uma rixa com Robson Andrade, da CNI. Voltou a receber as devidas honras com a troca de direção.
E o nomeado
O ex-presidente que passou o bastão, Olavo Machado, já tem ocupação certa fora da Fiemg. Ele foi nomeado publicamente para trabalhar na área de inovação no governo durante o discurso de Temer (“Estou nomeando aqui...”). Depois da fala do presidente, Olavo disse que havia sido sondado e aceitou o convite. O cargo não foi especificado.
Edson Puiati e Fernando Junior.
“Sou candidato”
As próximas pesquisas para governador podem incluir mais um nome na lista: Adalclever Lopes, presidente da ALMG. Ele garantiu ontem à coluna que disputará o governo do Estado pelo MDB. “Estou muito firme”, disse.
Jogo maior
A pré-candidatura de Adalclever está alinhada à movimentação do senador Requião, que pode disputar a vaga presidencial do MDB com Meirelles. Nas contas de Adalclever, dos 52 delegados mineiros na convenção que vai definir o presidenciável, 30 já apoiam Requião, e 22 estão indecisos.