Bruno Roberto, revelação do Atlético, faz segredo quanto ao presente que vai dar ao ex-lateral-direito Bruno, hoje, Dia dos Pais. Eu conversei com os dois e vou contar um pouco sobre a carreira de pai e filho, que se orgulham da ligação deles com o Atlético.
Bruno, 42, natural de Pedro Leopoldo, começou no Democrata de Sete Lagoas, depois veio para o Atlético, onde ficou entre 1996 e 2002. Foram 260 jogos. Ele estreou contra o Villa Nova, em um empate sem gols, sob o comando de Procópio Cardoso. Bruno fez nove gols, e o inesquecível foi em cima do Lanús, em 1997, com chute forte de fora da área. O Galo venceu por 4 a 1 em Buenos Aires.
Foi aquele jogo que terminou em pancadaria, com o técnico Emerson Leão obrigado a passar por cirurgia no rosto. Na partida de volta, no Mineirão, empate de 1 a 1, e o Atlético foi campeão da Copa Conmebol.
No mesmo ano, Bruno conquistou também a Copa Centenário de Belo Horizonte. Depois, foi campeão mineiro em 1999 e 2000.
Na campanha do vice-campeonato brasileiro de 1999 do Atlético, Bruno foi eleito o melhor lateral-direito, mesmo tendo jogado a maioria das partidas como volante, posição em que gostava mais de atuar.
Além do alvinegro, ele defendeu Internacional, Botafogo, Ituano, Ceilândia, Brasiliense, Democrata de Sete Lagoas, América e Brasília, onde encerrou a carreira aos 35 anos. Bruno parou de jogar a pedido de Bruninho. O garoto reclamava da ausência do pai jogador de futebol. Além disso, sua mãe passava por problemas de saúde.
Hoje, Bruno orienta o filho que, aos 18 anos, veste a camisa do time profissional do Galo. Era um sonho.
Primeira camisa. A primeira oportunidade de Bruninho foi dada pelo técnico Oswaldo de Oliveira, que viu qualidades no jovem, boa movimentação, bom drible, chute forte, tanto com a perna direita quanto com a esquerda. Sob o comando de Thiago Larghi, Bruninho vem entrando no decorrer dos jogos. Curiosamente, sua estreia também foi contra o Villa Nova. A camisa daquele jogo Bruninho deu de presente ao pai.
Os dois estão sempre se falando, antes e depois das partidas. Bruno ficou emocionado quando viu o filho jogando pela primeira vez como profissional. “Foi um dia muito especial para mim e toda a família. Ele sempre lutou muito pelo seu objetivo, que era vestir a camisa do profissional. E vê-lo conseguir foi maravilhoso”, conta o ex-jogador.
O menino Bruno Roberto começou na escolinha do ex-ponta-esquerda Rômulo. Já no Atlético trabalhou com Anderson, Sérgio Alves, Ricardo Resende, Oswaldo de Oliveira e agora com Thiago Larghi. Seu ídolo máximo é Ronaldinho Gaúcho desde os tempos de Barcelona. R10 com a camisa do Galo, então, era alegria demais.
Bruninho concluiu o ensino médio e pretende voltar a estudar no futuro. Quando era mais jovem, ele não gostava muito de ser visto como filho de ex-jogador. Agora, a satisfação de vestir a mesma camisa que o pai honrou não tem preço.