Maurício Paulucci é um rosto conhecido na cobertura esportiva em Minas. Ele, que já apareceu inúmeras vezes em campo - literalmente - na tela da Globo em Minas, com reportagens sobre futebol, há quase dois mês estreou como apresentador titular do “Globo Esporte”. E, além de jornalista, o mineiro de Belo Horizonte, de 28 anos, tem um lado artístico que pouca gente conhecia e que, agora, está mostrando na TV. O cara manda bem no desenho, e tem revelado a habilidade com as animações, relacionadas ao universo esportivo, que ele tem feito especialmente para o programa.
O lado artístico do jornalista se tornou público após uma “grande coincidência”, como ele definiu. “Durante a pandemia, a gente estava buscando novas ideias, novos formatos para fazer coisas diferentes para o esporte da Globo, já que as atividades esportivas ficaram suspensas por um longo período. Daí, eu tive a ideia de fazer uma contação de histórias, com personagens do futebol contando histórias deles na pandemia”, explicou Paulucci.
Segundo o apresentador, a proposta era contratar um ilustrador profissional para o projeto. Mas ele, que desenhava por hobby - “Nunca levei isso muito a sério”, comentou -, resolveu fazer um teste, com desenhos próprios, para saber se a ideia funcionaria. “Minha mãe e a minha namorada falaram: ‘Nossa, ficou muito legal’. E eu acreditei”, contou, aos risos. “Depois, eu levei os desenhos para o pessoal do trabalho; eles também gostaram, e eu acabei convencido de que estava legal mesmo”, afirmou ele.
Além dos desenhos para reportagens do “Globo Esporte” em Minas, Paulucci também tem produzido material para o “GE” de outros Estados, como Goiás e Rio de Janeiro. “Para o Rio, fiz desenhos para uma reportagem que eles fizeram sobre o atacante Fred, do Fluminense”, exemplificou o apresentador.
Quando questionado sobre como está sendo a nova experiência, ele respondeu, com firmeza: “Para mim é uma honra! É um jeito diferente de contar uma história. Porque o jornalista nada mais é do que contador de histórias, sempre em busca de maneiras diferentes para contar histórias diferentes”.
Agora, parar de desenhar não está nos planos dele. “Isso foi mais uma descoberta do que propriamente um talento, que eu ganhei praticando. Agora, tenho exercitado um pouco mais para que o desenho se torne ainda mais presente na minha rotina”, garantiu ele, que recentemente fez os desenhos que ilustram a tese de mestrado da mãe dele, que é formada em odontologia. Mas segundo o Paulucci, o foco, no momento, está na produção de desenhos para o “Globo Esporte”.
Globo Esporte tá de volta. Ganhou novo apresentador e muitos talentos. Rabisco é só um deles. Voa, amigo @m_paulucci 👏🏿👊🏿 #ge #globoesporte @globominas @redeglobo pic.twitter.com/sdbDJzAkW7
— Rodrigo Franco (@rodrigoaffranco) August 3, 2020
Bom humor no comando do programa
O bom humor em frente às câmeras se tornou uma marca de Maurício Paulucci. “Quando o assunto permite, claro”, frisou ele, destacando que no esporte há assuntos importantes que “precisam ser tratados com serenidade e seriedade”, como a questão do racismo e do machismo.
“Esporte, para mim, é muito entretenimento. Então, quando a gente tem a possibilidade de lidar com leveza, com humor, com espírito esportivo, e isso é muito bom”, avaliou o apresentador do “Globo Esporte”. “Essas características fazem parte da minha vida, do meu dia a dia, então tento levá-las para o trabalho”, afirmou.
Há quase dois meses a frente do “GE” em Minas, ele confessou que a experiência trouxe um “frio na barriga gigante”. “É uma responsabilidade muito grande, ao mesmo tempo é uma honra absurda estar em um lugar no qual grandes ídolos meus já ocuparam. Nacionalmente a gente pode falar do Leo Batista, do Alex Escobar… aqui em Belo Horizonte tenho como referência o Rogério Correia, o Bob Faria, a Carina Pereira, Marcos Leandro, a Maíra Lemos”, revelou ele, que começou no Grupo Globo em 2012, como estagiário do site GE.Globo (antigo GloboEsporte.Com).
Paulucci revelou que cresceu assistindo programas de esporte, e que a atração da Globo foi uma das influências para ele fazer jornalismo e trabalhar na cobertura esportiva. “Sempre fui apaixonado por futebol e acompanhava vários programas esportivos”, contou o apresentador, que curte reunir os amigos para jogar uma bola.
“Na verdade, eu estou morrendo de saudade! Eu não jogo futebol desde março, por causa da pandemia. Eu adoro jogar, se eu pudesse eu jogaria todos os dias, mas o corpo também não dá conta (risos)”, disse ele. “Não tenho tanto talento, talvez se eu tivesse, eu teria virado jogador de futebol”, brincou o jornalista.