Primeiro time brasileiro eliminado por um boliviano na história da Libertadores. Nenhum gol marcado nas oitavas de final. Eliminação sem qualquer resistência para o Botafogo na Copa do Brasil. Tudo isso em menos de 30 dias, período em que o clube demitiu o técnico Roger Machado, trouxe Rogério Micale e efetivou uma nova diretoria de futebol.
O fato novo de uma mudança no comando do futebol não veio. O Galo entrou na espiral do vexame. A soma de todos os resultados desde 20 de julho trouxe apenas uma certeza. Se Roger tivesse sido mantido no cargo, o pior cenário seria exatamente o que o Atlético tem hoje. Ou seja, a demissão do técnico gaúcho não teve efeito algum.
O elenco gostava do treinador, confiava em seu trabalho e esperava um retorno em campo. Roger tentava encerrar a era do “Galo Doido”, algo que está impregnado na identidade do time. E chegou a conseguir alguns avanços. No entanto, depois do frustrante empate com o Botafogo pelo Brasileiro, alguma coisa errada aconteceu. Não deu tempo de Roger diagnosticar, e Micale herdou uma crise que há tempos não se via.
O atleticano, forjado na dor, busca entender o que acontece com o clube. Mas, aos poucos, vai ganhando respostas. Uma delas é de que houve um erro de avaliação sobre o elenco do clube, tanto da direção quanto da imprensa e da torcida. O plantel alvinegro é desequilibrado. Falta zagueiro. Não há reservas. O time sente falta de um atacante velocista. E não há na categoria de base um jogador que possa aproveitar estas chances.
Cobrança
Eliminado pelo Jorge Wilstermann em pleno Mineirão, o presidente Daniel Nepomuceno cobrou o G-6 no Campeonato Brasileiro, ou seja, a vaga na Copa Libertadores do ano que vem. No entanto, nas arquibancadas, o desejo é que o Galo supere logo os 45 pontos para fugir do pesadelo da Série B. A prudência dos atleticanos acontece porque se lembram bem de uma outra espiral de vexame, a de 2005.
Comandado por um técnico cobiçado por todos, Tite, o Galo também errou na avaliação de seu elenco. Encheu o time de medalhões, não encaixou o jogo e foi rebaixado depois de trocar de treinador por mais duas vezes. Primeiro, com Marco Aurélio, depois, com Lori Sandri, que veio para reconstruir o time já pensando na Série B de 2006.
Momento ruim
O clima ruim do time principal estendeu-se aos jogadores sub-23, que disputam a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. Em três jogos, os atleticanos ainda não venceram. Somam apenas três empates. O projeto ambicioso mostra que há algo de errado também na formação dos jogadores. Já que não há destaques no time principal, os jovens também não sobressaem em um campeonato de nível técnico tão baixo.
Hoje, o atleticano espera que 2017 seja apenas um ano de erro de avaliação, e que a direção do clube já esteja pensando em ajustes para 2018. O primeiro passo é definir o que querem para o clube: aceitar o estilo “Galo Doido” ou pensar em outra escola. Se optarem pela segunda, é preciso abraçá-la e estudá-la. Diferente do que foi feito neste ano.
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