“Domingo, eu vou ao Mineirão/ Vou levar foguetes e bandeiras/ Não vai ser de brincadeira/ Ele vai ser campeão.”
Hoje Cruzeiro e Atlético entram em campo com esse canto ameaçado. Foguete virou arma, e as bandeiras parecem ser prêmios de guerra. A diretoria celeste não quer que os torcedores do Galo enfeitem 10% do estádio com suas cores e reforça o clima já hostil das torcidas.
Quando o jogo é no Independência, provocações dos alvinegros perpetuam o clima bélico entre as duas maiores torcidas de Belo Horizonte. E a pergunta que fica é: quando o futebol voltará a ser usado finalmente para pregar o bem-estar e apresentar algo positivo para a sociedade?
Em toda semana de clássico, é isso. E, para mim, as ações sociais e beneficentes realizadas por Atlético e Cruzeiro no decorrer de uma temporada parecem mais protocolares do que realmente algo que as instituições pregam.
A vitória a qualquer custo não me agrada. Assim como não me agrada a animosidade compartilhada pelos dirigentes dos dois times. Atlético e Cruzeiro são coirmãos e poderiam, juntos, dirimir diferenças e chegar a uma conclusão comum.
Não vou ser saudosista e pedir a volta do clássico meio a meio no Mineirão. Isso não cabe mais. O Galo já escolheu que caminho tomar, e ele é bem longe do Gigante da Pampulha. Assim como a Raposa escolheu o estádio como casa e já o chama de Toca III.
Por mais que tenha saudades da disputa por espaços na arquibancadas, dos gritos e até dos foguetes, sei que esse tempo ficou lá atrás. Virou história para eu contar a meu filho e netos. Uma boa história.
Hoje, no entanto, Atlético e Cruzeiro precisam sentar como grande instituições que são e definir de uma vez por todas um padrão de recepção ao rival.
Importante sentarem sem pensar em passar o outro para trás. Galo e Raposa são gigantes demais para precisar de babás para definir o que é melhor para seu torcedor. Esse, sim, a grande razão de suas existências.
Para o futebol brasileiro competir com os maiores do mundo, é preciso entender também como recepcionam os visitantes. O problema é que chegou até aqui apenas a inflação no preço dos ingressos.
Os diretores devem também entender que suas atitudes contaminam os torcedores, que, em massa, podem reproduzir de forma ainda maior e mais perigosa atitudes violentas. A responsabilidade é muito maior do que montar um time para ganhar títulos.
Terminado o clássico, hoje, espero que tudo dê certo. Que a festa seja bonita. Que todos entrem com bandeiras. Que cantem, e que seja um ambiente que cultue o amor aos clubes.
O jogo. Sobre os times, o Galo entra como favorito no jogo pelo simples fato de jogar contra os reservas do Cruzeiro, que faz certo ao priorizar a Copa do Brasil e a Libertadores. O técnico Mano Menezes passa a impressão de que tem certeza do que está fazendo.
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