Ver Sérgio Ramos levantar a taça de campeão da Europa, ontem, foi de dobrar o estômago. Ainda no primeiro tempo, o zagueiro do Real Madrid deu um golpe de judô em Mohamed Salah e o tirou da final da Liga dos Campeões. Mais do que isso, o golpe de Ramos praticamente eliminou o maior jogador africano da Copa do Mundo da Rússia. Tudo isso feito debaixo dos narizes do mundo.
Todo mundo viu. Todo mundo sabe que o lance seria de expulsão. O que aconteceu com Sergio Ramos? Nada. Ele continuou no jogo – maldoso como sempre – e foi campeão europeu.
Com o árbitro de vídeo, esse tipo de maldade tem que ser eliminada do futebol. Todo mundo viu. O árbitro não viu. Mas não é possível que nenhum de seus auxiliares não tenha visto o lance. Enfim, com o vídeo, ficaria claro que Sergio Ramos deu um golpe em Salah. Um golpe que o tirou da Copa do Mundo.
Baque no time inglês. Depois desse lance, o Liverpool baqueou. Depositava suas esperanças no senegalês Mané. O gol africano veio. No entanto, a turma de Klopp não esperava que o goleiro Karius falhasse tanto. Dois frangos do arqueiro e um golaço de bicicleta de Gareth Bale deram o título com ar melancólico para o Real Madrid. Os espanhóis que chegaram à final após uma série de reclamações dos adversários nas fases anteriores.
A Juventus e o Bayern de Munique foram eliminados, mas com o gosto de que poderiam ter passado pela turma do Cristiano Ronaldo. A maior reclamação veio dos italianos, que tiveram um pênalti marcado contra no último minuto de um jogo em que haviam invertido uma grande vantagem de forma espetacular.
A tecnologia não pôde ajudar a Juve, e a lógica de ajuda ao mais forte continuou viva também na Europa. Lá, assim como cá, quanto mais forte mais medo de se errar contra. E quanto mais fraco mais fácil de se decidir qualquer coisa.
Tecnologia. A 18 dias do início da Copa, o mundo do futebol está cada vez mais certo de que a tecnologia deve ser utilizada. A fiscalização pode diminuir o ímpeto de jogadores maldosos como Sergio Ramos, do Real Madrid. Tantas câmeras durante o jogo o fariam refletir sobre a utilização de um golpe baixo até mesmo para o judô, um esporte tão disciplinado.
Convite ao torcedor. Por conta disso, faço um convite. Se você estiver na Rússia, vaie Sergio Ramos. Se não estiver, vaie daqui mesmo. Envie aquela vibração de reprovação ao espanhol.
Sergio Ramos pode ter tirado da Copa do Mundo da Rússia um dos grandes jogadores do torneio. Mais do que isso, o zagueiro espanhol pode ter mudado a história do futebol africano. Não se sabe quando o Egito entraria tão confiante em um Mundial.
Sem contar que, para o mundo, com certeza, figuras leais e com posicionamento como Salah são mais importantes que atletas como Sergio Ramos. Enfim, além de verdade, isso poderia ser uma fábula moderna do que estamos vivendo no Brasil.
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