Quando um clube de futebol do tamanho do Liverpool externa a preocupação com a geração chamada “millennials” e o interesse cada vez maior dos jovens e adolescentes pelos jogos eletrônicos, há que se prestar atenção. A coluna dessa semana parte de uma observação do site “Marketing Esportivo” e que virou, inclusive, tema de um podcast.
Os números apontam que 64% dos jovens preferem mídias sociais para a cobertura de esportes do que transmissões de TV, e quase metade assiste conteúdo esportivo em sites como o YouTube.
A pesquisa mostra o perfil de uma geração que acompanha o seu clube de futebol por meio dos influenciadores digitais, sejam eles jornalistas ou até mesmo torcedores que dedicam-se exclusivamente a trabalhar com o time do coração. A questão do YouTube pode ser explicada muito por conta das transmissões esportivas consideradas ilegais, mas plataformas estão surgindo como a DAZN, a “Netflix do Esporte”, que conduzirão a forma de consumir futebol e as demais modalidades ainda mais para o universo dos smartphones.
A própria Libertadores deste ano aponta para um caminho sem volta, que são as transmissões esportivas por meio das redes sociais, como o Facebook. São as alternativas que os clubes terão que fazer para se adequar ao consumo dos jovens e adolescentes, os consumidores de hoje e que também vão moldar a forma de distribuição das emoções do esporte nos próximos anos.
No início deste mês, o CEO do Liverpool, Peter Moore, com a experiência de ter trabalhado na Sega e EA Sports, produtoras de games nos EUA e Canadá, respectivamente, analisou um inesperado potencial risco que o futebol poderá enfrentar: os videogames.
Para exemplificar seu pensamento, ele citou o game “Fortnite”, a verdadeira febre do momento, com mais de 200 milhões de usuários. “90 minutos é muito tempo para um homem millennial se sentar num sofá”, comentou Moore. Os clubes terão que se readaptar e abraçar a tecnologia para não correrem o risco de ignorar toda uma geração de jovens que estão com múltiplas opções de se afastar da paixão pelo futebol.
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Uma geração que não pode ser ignorada
Os números apontam que 64% dos jovens preferem mídias sociais para a cobertura de esportes do que transmissões de TV
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