A noite de hoje será a última de Campeonato Brasileiro antes da Copa do Mundo, que começa amanhã. Depois dos jogos deste 13 de junho, outra partida do futebol nacional apenas um dia após o fim do Mundial, um 16 de julho em que o Bahia visita o Vasco com a classificação encaminhada na Copa do Brasil, enquanto o Cruzeiro lutará pela vaga nas quartas com vantagem mínima contra o Atlético-PR pela mesma competição.
Aliás, falando em Cruzeiro e em futebol paranaense, o duelo de hoje contra o Paraná será o 35º celeste nesta temporada, em um espaço de pouco menos de cinco meses, ou 150 dias. Um jogo a cada pouco mais de quatro dias e em quatro competições diferentes: Mineiro, Copa Libertadores, Brasileiro e, por último, a Copa do Brasil, onde apenas um duelo foi realizado.
Resumidamente, essa interrupção da temporada pode e deve ser vista com bons olhos pelo elenco cruzeirense. Na última segunda-feira, estive no treinamento do Cruzeiro na Toca da Raposa II, e o noticiário mais parecia um boletim médico. A situação é plenamente natural pela exigência e pela frequência dos duelos nesta temporada. O jovem Raniel não titubeou ao responder a nosso questionamento sobre essa pausa, dizendo que o grupo está precisando dessa pausa em um ano que começou com jogos já no dia 17 de janeiro.
Algumas situações preocupam especificamente neste momento, sobretudo a de Thiago Neves. Até mesmo antes de Mano Menezes deixar claro esse cenário, é evidente que o menor rendimento dele, que é o craque do time, está totalmente ligado à questão física. Thiago já ficou indisponível em alguns momentos da temporada por lesão na panturrilha e precisa descansar e se recuperar para um segundo semestre que será de exigência ainda maior, não apenas pelo número de partidas, mas pelo caráter decisivo que a maioria delas terá na sequência.
Caso passe pelo Atlético-PR no dia 16 do mês que vem, o Cruzeiro terá nove jogos apenas em agosto, incluindo dois pelas quartas de final da Copa do Brasil e mais dois pelas oitavas da Copa Libertadores.
A Raposa depende demais do futebol de seu camisa 30, e ainda que o elenco seja qualificado, também sofre graças a ausências recentes, como Edilson, Rafinha e o próprio David, que ainda não conseguiu mostrar a que veio, reflexo de uma grave lesão sofrida ainda no ano passado.
Nos casos de Atlético e América, o cenário é um pouco mais tranquilo, o que evidentemente não é tão agradável, já que há apenas o Brasileirão pela frente. Ainda assim, a “intertemporada” será importante para os seis meses finais de 2018.
A partir de agora, hora de mudar o foco totalmente para o Mundial da Rússia, com boas expectativas para a seleção brasileira, mas também de muita ansiedade para o torneio de um modo geral. A cada quatro anos, esse sentimento se renova, capaz de nos prender em frente à televisão para acompanhar três ou quatro jogos em um mesmo dia sequencialmente. A Copa do Mundo é o que há de maior no esporte mais amado por aqui, e não há nada mais importante neste período. Ainda bem que ela chegou.