Antes de ser treinador de futebol, Eugênio Souza brilhou como zagueiro com a camisa do Cruzeiro. Hoje aos 55 anos, tem orgulho de sua longa experiência dentro e fora das quatro linhas. Tudo começou na Toca da Raposa, em 1975, quando chegou ao clube aos 12 anos de idade.
Mostrou profissionalismo desde cedo e chegou ao time principal. Um verdadeiro líder em campo, era bom na antecipação e sempre jogava na bola. Ganhou a primeira oportunidade no profissional em 1982, com o treinador Yustrich. Ficou no clube até 1988. Depois defendeu São José-SP, Joinville, Vila Nova-GO e Ceará, antes de encerrar a carreira em 1995 jogando no Guarani de Divinópolis.
Hoje o técnico Eugênio Souza coloca em prática os conhecimentos que adquiriu com Carlos Alberto Silva, Emerson Leão, Paulo Gonçalves, Jair Pereira, João Francisco e Yustrich. Sobre esse último, Eugênio diz o seguinte: “Ele colocava em prática naquela época os treinamentos que hoje são usados pela maioria dos treinadores”.
Vida nova
O zagueirão Eugênio passou a ser conhecido como Eugênio Souza quando ganhou a primeira oportunidade como técnico, nos juniores do América, em 1997. Depois foi trabalhar no Cruzeiro, onde também atuou como coordenador da base.
Com seu trabalho planejado, organizado e realizado com dedicação, Eugênio passou a ser considerado especialista em acesso. Foi campeão da Série D do Brasileiro com o Tombense em 2014, comandou ainda Itaúna, Nacional, Ipatinga, Guarani, Democrata-GV, Villa Nova e Caldense.
“Jogar futebol é mais tranquilo do que ser treinador, já que o treinador tem que pensar para todos”, avalia o técnico Eugênio.
Nível dos beques era bem superior
Hoje como treinador, Eugênio Souza avalia como boa a qualidade de zagueiros no futebol brasileiro, diz que está surgindo uma nova safra, mas garante que no passado o nível dos beques era bem superior.
Na época de jogador, subiu muito jovem para o profissional e encontrou apoio nos atletas mais experientes, como Luiz Antônio, Palhinha, Mauro Madureira, Vitor, Tostão II...
“O futebol é maravilhoso, como todas as profissões”, diz Eugênio, que cita Felipão por “tudo que ele já fez no esporte”. Mas, particularmente, destaca Dorival Júnior e Luxemburgo pela grande capacidade demonstrada por ambos.
Eugênio critica a falta de oportunidades a técnicos do interior no Atlético e no Cruzeiro, o que é diferente no Grêmio e no Internacional, por exemplo.