Foi necessária uma medida provisória editada pelo governo federal para que comerciantes de todo o Brasil pudessem optar por funcionar aos domingos. Ministro do Trabalho em 1997, Paulo Paiva acreditava que a decisão iria resultar em maior oferta de empregos. A Câmara de Diretores Lojistas de BH estimava crescimento entre 15% e 20% nas vendas com um dia a mais de portas abertas. Já o Sindicato dos Empregados do Comércio avaliava questionar a legalidade da medida.
A existência da Polícia Militar, questionada sucessivas vezes desde o início dos motins em reivindicação por melhores salários e condições de trabalho, era garantida pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. “A PM é uma instituição centenária em alguns Estados, com serviços excelentes prestados ao país”, dizia. FHC defendia que os Estados tivessem mais autonomia para reestruturar as polícias.
O fato mais inusitado na capa de O TEMPO era um assalto em Buenos Aires (Argentina). Dois homens armados invadiram uma biblioteca e levaram apenas livros do escritor Jorge Luis Borges. Uma funcionária relatou que, ao entrar, um deles já foi avisando: “Vou levar toda a coleção de Borges!”.