A proposta de fusão entre a Honda e a Nissan ganhou um novo capítulo nesta semana, e não é nada simples. A Honda, interessada em uma união com a Nissan, manifestou o desejo de que a montadora japonesa seja de propriedade integral antes de concretizar a fusão.
Essa exigência da Honda se deve à participação da Renault na Nissan, que detém 35,7% das ações da empresa. A montadora japonesa teme que essa participação possa ser adquirida por terceiros durante o processo de fusão, complicando as negociações.
Conforme reportagem publicada pela Bloomberg, a preocupação da Honda é justificada: rumores recentes indicam que a Foxconn, sim, a famosa empresa taiwanesa, uma das principais fabricantes de eletrônicos do mundo, que atende à Apple, Microsoft e Sony, poderia estar interessada em comprar a fatia da Renault na Nissan.
Marcas não se manifestam
A Renault, por sua vez, ainda não se posicionou oficialmente sobre a proposta da Honda. Até então, a montadora francesa limitou-se a afirmar que analisará todas as opções que melhor atendem aos seus interesses e aos de seus acionistas.
A criação de um dos maiores conglomerados automotivos do mundo, resultado da fusão entre Honda e Nissan, poderia ser prejudicada por essa disputa de interesses.
A Mitsubishi, outra integrante da aliança Nissan-Renault-Mitsubishi, demonstrou interesse em participar do novo conglomerado, mas ainda não se decidiu.
O processo de fusão pode levar dois anos até ser completamente finalizado e formará o terceiro maior grupo automobilístico do mundo, atrás apenas de Toyota e da Volkswagen.