Uma das mudanças mais empolgantes na Fiat Strada 2024 foi a chegada do motor 1.0 turbo flex. Esse propulsor, que estreou no Fiat Pulse, conquistou o mercado brasileiro e agora equipa também a Strada, juntamente com o Fiat Fastback e o Peugeot 208.
Com 130 cv e 20,4 kgfm de torque, ele se destaca como o 1.0 mais potente do Brasil, oferecendo um desempenho interessante. É importante ressaltar que o motor 1.0 turbo está disponível exclusivamente nas versões top de linha da Strada 2024, a Ranch e a Ultra, com preços sugeridos de R$ 132.990.
Design renovado com toque de esportividade
O Autotempo testou a inédita versão Ultra da Strada com o novo motor 1.0 turbo. Assim como a versão Ranch, as duas versões mais caras da picape trazem a dianteira renovada, com um design que se destaca.
A Strada Ultra incorpora elementos da Fiat Toro, incluindo o hexagonal da grade dianteira e novas entradas de ar ligeiramente ampliadas. O para-choque dianteiro realça o volume do capô, enquanto os nichos dos faróis de neblina lembram os do SUV Fiat Pulse.
Já a Strada Ranch, por sua vez, agora compartilha o mesmo visual externo da Ultra, com mudanças perceptíveis na faixa colorida na base da grade e nas rodas de aro 16, com um design exclusivo para cada versão.
Interior aprimorado
Embora a Fiat Strada tenha evoluído em diversos aspectos, ainda há desafios no interior do veículo. O excesso de plásticos e o acabamento simples podem frustrar.
Na Strada Ultra, os bancos dianteiros com costuras vermelhas são mais largos e oferecem conforto extra. Além disso, o motorista agora conta com um apoio de braço retrátil.
Por dentro, a mudança mais notável é o novo volante, idêntico ao do Fiat Pulse, com uma empunhadura mais encorpada e aletas na parte de trás para a troca sequencial de marchas do câmbio CVT, dotado de um modo Sport, que deixa o motor mais cheio em situações de baixa rotação.
Tecnologia e dirigibilidade
Em termos de tecnologia, a central multimídia da Strada continua com uma tela de 7 polegadas, e o quadro de instrumentos é analógico, embora inclua um computador de bordo.
Um avanço foi no ar-condicionado, que passou a ser digital, mas a picape ainda carece de recursos de direção semiautônoma. No geral, a dirigibilidade da Strada é agradável. Graças a direção elétrica e o bom conjunto de suspensão, com novos amortecedores, a picape responde bem na pista.
Consumo não decepciona
Outro ponto que vale ser destacado é o consumo da picape da Fiat. Segundo o Inmetro, a Fiat Strada 2024 tem uma média de consumo de combustível de 8,3 km/l na cidade e 12,1 km/l na estrada com etanol, enquanto com gasolina, o consumo é de 9,4 km/l na cidade e 13,2 km/l na estrada. Média superior até de picapes maiores, como a Chevrolet Montana.
Apesar de suas muitas qualidades, a Fiat Strada segue com alguns pontos fracos. O espaço interno talvez seja o maior deles. Quem viaja no banco de trás pode passar aperto se for mais alto, mas nada que desabone a versatilidade da primeira compacta do mundo a ter quatro portas.
Vale sempre lembrar que a Strada está anos-luz de sua maior rival a Volkswagen Saveiro, que, apesar de receber atualizações visuais na linha 2024, mantém até hoje o câmbio manual, ficando atrás da Strada em termos de recursos e desempenho.