O vôlei com conhecimento e independência jornalística
É normal normalizar o que não é normal.
Assim funciona a seleção brasileira sob comando do Senado. A saída de Renan Dal Zotto e a chegada de Bernardinho não muda rigorosamente nada.
O Sistema está mantido com peças intocáveis.
A CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, e Bernardinho, sabiam que Douglas Souza não aceitaria a convocação.
Assim como Wallace, conforme o blog antecipou.
A estratégia do técnico não funcionou.
A ideia dele era mostrar para a opinião pública que convocou os melhores e indiretamente jogar a responsabilidade para o outro lado.
Não colou.
Nem com Wallace, e muito menos com o surpreendente Douglas Souza.
Nenhum deles precisa da seleção brasileira. É a seleção brasileira que precisa deles, ou melhor, precisaria deles.
A questão é que ambos não são juvenis, longe disso, e conhecem como poucos as entrelinhas e os bastidores.
Wallace poderia assumir uma conta que não é dele. Os encargos são de Darlan, Alan e Abouba que pedem passagem.
Douglas Souza não pode mais ser estepe para Leal e Lucarelli. E seria esse o desenho.
Honorato e Adriano são os candidatos da vez.
O óbvio para uns é o impensável para os outros.
No caso de Wallace e Douglas, quando a mudança tem como propósito ser feliz, ela torna-se prioridade imediata.
E lamentavelmente, o Sistema impede que a seleção seja prioridade para quem conhece o Sistema.
E o Flamengo não é seleção brasileira.
Assim como no clube, a verdade é a mentira mais difícil de ser desvendada, e, quando não se pode acreditar na verdade, tudo que resta é você mesmo.