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Fofão pode ter sido unanimidade como atleta.
E foi.
Currículo e postura irretocáveis em mais de 20 anos de estrada.
Para a CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, condições suficientes para coloca-lá no cargo de treinadora da seleção sub-17.
Para a maioria não.
Qual o histórico dela como técnica?
Que tipo de experiência tem na função?
Quais times Fofão treinou?
Essas são algumas perguntas que de fato são usadas e estão no ar.
E sem resposta.
Sim, porque Fofão realmente não apresentou (ainda) nada, ou seja, resultados na prática para que pudesse ser escolhida.
O blog recebeu inúmeras mensagens de técnicos pelo Brasil afora que estão em atividade e buscando espaço, leia-se, valorização.
Outros tantos, que passaram pela CBV e dirigiram as categorias de base, vão no mesmo sentido.
'O passado dela não se questiona. Mas falo como atleta. O critério na escolha é suspeito e evidencia a falta de credibilidade da atual gestão', diz um deles, com serviços prestados ao infanto e juvenil.
O raciocínio é compartilhado.
'A Fofão chega pressionada e talvez seja a menos culpada dentro desse processo. Não precisava', comenta.
E faz sentido.
Fofão pulou etapas e será usada pela atual gestão.
Política.
Uma estratégia interessante e ao mesmo tempo arriscado de Jorge Bichara, o 'para-raio', que atinge vários segmentos do esporte e principalmente da sociedade.
Mas para os dirigentes é simples: não deu certo, troca.
Fofão não precisava desse covarde empurrão da CBV. Fofão foi reconhecida por onde passou, mas assume a seleção feminina sub-17 apadrinhada.
É o que fica implícito.
Fofão sempre andou com as próprias pernas e venceu nos times e na seleção brasileira por méritos próprios.
Agora terá que carregar essa fardo.
Você faz suas escolhas, e suas escolhas fazem você.
Só que até o fardo mais leve torna-se pesado depois de algum tempo.
É aquilo: abra portas pela competência, não por apadrinhamento. O apadrinhamento tem prazo de validade, sua competência não.