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A realidade de um fato é a sua consistência, não a especulação.
A premiação das jogadoras após o fim da Superliga deixa um recado à seleção: não há ponteiras definidoras no Brasil.
Sofya Kuznetsova e Veronica Jones-Perry foram eleitas as melhores ponteiras do campeonato.
Uma da Rússia, a outra dos Estados Unidos.
É verdade que Sofya ficou devendo na final e Perry não apareceu na semifinal.
Por sinal, Perry, frustrando os sonhadores, sequer apareceu na lista das 30 convocadas por Karch Kiraly para a VNL, ou seja, pior impossível.
E tem mais. Quem brilhou na decisão não foi nenhuma brasileira. Yonkaira Peña, da República Dominicana, roubou a cena.
O que isso significa dizer?
Simples.
E a notícia é ótima.
As 4 ponteiras do Brasil na Olimpíada, salvo algum problema de lesão ou extra-quadra, estão definidas: Gabi, Julia Bergmann, Ana Cristina e Rosamaria.
E todas atuando no exterior.
José Roberto Guimarães pode e deve poupar o quarteto colocando para rodar as 'brasileiras' nas primeiras rodadas da VNL.
É o processo natural.
Não há problema.
Mas quando for para valer, ou seja, nas finais da VNL na Tailândia, na porta da Olimpíada, a comissão técnica não terá escolha.
A Superliga mostrou que não dá para pensar em nada diferente de Gabi, Julia Bergmann, Ana Cristina e Rosamaria em Paris.
E ainda que Rosa ainda seja usada como curinga, oposta no caso, José Roberto Guimarães não deverá abrir mão de levar uma jogadora da posição para a reserva de Kisy.
Como aparentemente serão 3 centrais, o cenário está desenhado.
É aquilo: contra fatos não há argumentos