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Quando você brinca de ser o dono de um negócio, esquece o verdadeiro objetivo dele, a lucratividade.
E não se pode ter as duas coisas: ou você brinca de ser o dono ou ganha dinheiro.
São José dos Campos, acusado de conflito de interesses pelos adversários, exceção de Campinas, tem olho grande.
O dono do time, que atua como empresário e detém o passe de alguns atletas, além de ter ficado pendurado em Itapetininga, segue lesando o patrocinador.
E pior, não ganha nada.
É uma lição atrás da outra.
Suzano foi o professor da vez.
Douglas Souza, aquele contratado pelo empresário e a Farma Conde para resolver, entregou no fim.
A diferença entre os dois projetos passa pela tradição, responsabilidade, envolvimento da cidade, montagem do elenco e fundamentalmente pelos técnicos.
É constrangedora a comparação entre Marcos Pinheiro, o Marcão, e Carlos Eduardo Schwanke.
Suzano não tem metade do orçamento de São José.
Mas tem trabalho, padrão de jogo e organização tática.
Estratégia.
Suzano sobrou no bloqueio, fundamento que curiosamente Schwanke é responsável na seleção brasileira.
Isso ajuda a explicar a escolha de São José e porque a seleção não ganha nada.
A vitória de Suzano por 3 a 2, com direito a chororô no tie-break, mostra que enquanto a hipocrisia discursa para iludir a ignorância, a honestidade pondera com reais objetivos.
O princípio da honestidade é a verdade.
Ser grande não é ser rico. É ter princípios, valores e virtudes que o dinheiro não compra.
São José é mentira, engole o choro e vive a acidez da realidade.