Saudações, atleticanada! Ansiosos por aí? Só um pouquinho, né? Escrevo esta coluna já em Buenos Aires, onde amanhã o Atlético entra em campo com a missão de confirmar sua vaga pra grande final da Libertadores 2024. E estou aqui, mais uma vez, pra falar de Deyverson.

Quando rolam jogos assim, é normal existir um intercâmbio de informações entre jornalistas. Conversei com uns 20 setoristas do River Plate desde a definição desta semifinal, e é engraçado: antes do jogo da ida, me perguntavam sobre Hulk, Paulinho, Milito… Depois do duelo na Arena MRV, nas minhas conversas com os hermanos, a palavra mais citada é Deyverson.

Deyvinho entrou na mente dos caras. Fez dois gols, deu aquela zoada histórica no Nacho (repetida esses dias por um moleque das categorias de base do Boca Juniors) e mostrou que é tão perigoso quanto divertido. O resultado foi espetacular. Não só aquele que o placar mostrou, mas também em todo o reflexo que a grande atuação do camisa 9 pode gerar no jogo da volta, amanhã, no Monumental de Núñez.

Agora, os caras já sabem que o atacante platinado não é só um doidão que dá beijinhos nos adversários, mas que pode ser fatal em qualquer chance que tiver. Isso vai, naturalmente, atrair atenção dos defensores do River, o que é essencial pra tirar volume ofensivo dos caras e, de quebra, pode gerar espaços pros outros protagonistas que temos.

Milito sabe que o melhor caminho pra segurar o River é preocupar o River. Vi algumas pessoas sugerindo um esquema com três volantes, sacando Deyverson. Sou contra. Não podemos passar a impressão de que fomos pro jogo pra segurar o resultado. O recado do lado de cá tem que ser: “Viemos jogar e, se vocês derem mole, vamos ampliar a vantagem”. Pra isso, Deyverson é essencial.

O rei da piscadinha já mostrou que não sente jogos assim. Provoca os caras igualzinho faz em qualquer jogo de Brasileiro. O estilo largadão, com meia baixa, catimba, mas também frieza na cara do gol e um pivô quase perfeito combina demais com a Libertadores. Ninguém faz quatro gols e dá uma assistência em “um jogo e meio” de quartas/semi de Libertadores à toa. Além de futebol, tem que ter muita personalidade, e isso ele tem de sobra.

Vamos pro Monumental pra jogar, como tem que ser. No estilo Deyverson: com a confiança lá em cima. Os caras vão entupir o estádio, claro, mas é hora de todos nós vestirmos a carapuça de Deyvinho. Pra qualquer intimidação, piscadinha neles. Vamos fazer o nosso e buscar essa classificação, em busca da Glória Eterna.

É amanhã! Vamos pra cima!