Deyverson não joga mais pelo Atlético e será jogador do Fortaleza pelos próximos três anos. Eu entendo a negociação, já que a proposta foi muito boa pro atleta e, pra permanecer com ele, o Galo teria que melhorar o salário ou renovar o vínculo. O que me preocupa, no fim das contas, é o famoso “elenco curto”, realidade de 2024 que parece se repetir pra 2025.
Otávio saiu e não teve reposição. Alisson saiu e não teve reposição. Agora é Deyverson quem sai e, conversando com uma importante fonte no clube, ouvi que é “pouco provável” que o Galo busque mais reforços nesta janela interna, aberta até o dia 11 de abril. Lamento ouvir isso porque, na minha avaliação, é uma decisão que pode custar caro.
Claramente existe uma lacuna no meio-campo defensivo, no meio-campo ofensivo e, agora, no ataque. Concordo que o elenco é mais equilibrado que o do ano passado na maioria das posições e tem jogadores polivalentes. Rony pode jogar de 9, Rubens joga em mais de uma posição, Caio Paulista também, entre outros, mas começar o Brasileiro tendo como centroavante reserva imediato um garoto de 19 anos (João Marcelo) é um risco, só pra citar um exemplo.
Na minha avaliação, o Galo vai iniciar o Brasileirão com um elenco de segunda prateleira. Existem times claramente superiores. É o cenário ideal? Não. É impossível ser competitivo e brigar por título com o elenco que temos? Também não. Talvez a gente precise de uma dose a mais de sorte (especialmente na questão das lesões), ou contar com uma oscilação maior que a nossa dos principais concorrentes.
No meio do ano, vale lembrar, tem mais janela aberta e tem a disputa do Mundial pros nossos adversários mais fortes da Série A. Lá, sem dúvida, o Galo pode se fortalecer e embalar rumo a conquistas. O que me preocupa é esse intervalo até junho. O elenco está na conta do chá, de novo. Vamos torcer pra que seja suficiente.
Saudações.