Diante do corte de 30% no orçamento das universidades federais anunciado pelo Ministério da Educação nesta semana, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou que não foi oficialmente notificada pelo MEC, mas manifestou apreensão diante da notícia. Em nota divulgada na manhã desta sexta-feira, a UFMG disse que a medida "representará um imenso retrocesso, capaz de impactar a vida de toda a comunidade universitária e de muitos brasileiros".
O texto assinado pela reitora Sandra Regina Goulart Almeida e o vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira reforça que "não há eficiência administrativa que supere um corte de tamanho monte, principalmente diante das sucessivas restrições orçamentárias dos últimos anos".
"O bloqueio de 30% dos recursos impossibilitará que a UFMG honre pagamentos de serviços básicos de manutenção, tais como água, luz, bem como adquirir insumos e suprimentos essenciais para laboratórios e salas de aula, trazendo graves prejuízos à formação dos estudantes e às atividades de ensino, pesquisa e extensão. A medida poderá provocar ainda a descontinuidade de contratos com empresas terceirizadas, o que elevará também mais as aviltantes taxas de desemprego do Estado de Minas Gerais e do país.", diz um trecho da nota.
A universidade disse ainda que, junto à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), outras instituições, associações, e parlamentares irá se empenhar "na defesa da manutenção integral do orçamento das IFES federais, aprovado pelo Congresso".
Segundo os dirigentes, as atividades acadêmicas programadas serão mantidas, no entanto, ainda será necessário analisar o impacto desse bloqueio nas atividades futuras da instituição.
UFMG
A UFMG subiu posições no ranking que mede o desempenho de instituições de países emergentes. Divulgado em janeiro deste ano, o levantamento da revista britânica Times Higher Education (THE) mostra que a instituição subiu 23 posições, alcançando a 127ª colocação. O índice avaliou as instituições nos aspectos ensino, pesquisa, transferência de conhecimento e perspectivas internacionais, com base em 13 indicadores de desempenho.
A universidade possui mais de 48 mil alunos de graduação, pós graduação e educação básica e profissionalizante; e conta com 2.818 docentes, 77 cursos presenciais de graduação, e 425 convênios com instituições no exterior.
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