Os Correios informaram, por meio de nota enviada à imprensa, que a paralisação parcial dos empregados, iniciada nessa terça-feira (10) pelas representações sindicais da categoria, não afeta os serviços de atendimento da estatal.

"A empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, o remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas", comunicou o órgão em nota.

Ainda segundo os Correios, levantamento parcial realizado na manhã desta quarta-feira (11) mostrou que 82% do efetivo total no Brasil está trabalhando. Em Minas Gerais, 93% dos empregados trabalham normalmente.

Os trabalhadores afirmam que o objetivo da mobilização é impedir a redução de salários e de benefícios. Eles também se colocam contra a privatização da estatal.

Em nota, os Correios informaram que "estão executando um plano de saneamento financeiro para garantir sua competitividade e sustentabilidade". "Desde o início de julho, a empresa participa de reuniões com os representantes dos empregados, nos quais foi apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado, atualmente na ordem de R$ 3 bilhões. As federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa", informou.

"Vale ressaltar que, neste momento, um movimento dessa natureza agrava ainda mais a combalida situação econômica da estatal. Por essa razão, os Correios contam com a compreensão e responsabilidade de todos os seus empregados, que precisam se engajar na missão de recuperar a sustentabilidade da empresa e os índices de eficiência dos serviços prestados à população brasileira", concluiu.