Em uma carta enviada à polícia, Monique Medeiros diz que era manipulada e impedida de contar a verdade sobre a morte de seu filho Henry Borel, de 4 anos. Ela também escreveu cartas ao pai do garoto, para os advogados e para o próprio filho. O conteúdo das correspondências foi revelado pela CNN Brasil neste domingo (2).
O principal pleito de Monique é que ela preste um novo depoimento e seja ouvida pelos policiais após trocar de advogado.
“Há muito a ser dito e há muito a ser esclarecido! Sem mentiras, sem treinamentos, sem inverdades. Eu estava sendo manipulada sem perceber, todas as vezes que tentava procurar uma maneira de me desvencilhar e tentar contar a verdade, eu era impedida... E foram muitas vezes!”, escreveu ela ao delegado do caso.
Em outro trecho, Monique diz que não quer fugir de suas responsabilidades, mas que quer ser julgada pelo que é certo e ajudar no que puder. “Me dê mais uma chance. Eu imploro!”, afirma.
Ao pai de Henry e ex-marido, Leniel Borel, Monique Medeiros, disse que, se pudesse, teria agido de outra forma. Eles foram casados até meados do ano passado.
“Se eu pudesse voltar atrás, fazer tudo novo, para tê-lo conosco, até no fundo da casa dos meus pais, tendo uma vida simples, mas com os sorrisos dele iluminando todas as nossas manhãs, eu faria! Faria tudo diferente”, escreveu a mãe de Henry no texto endereçado ao ex-marido.
Ainda de acordo com a CNN, ela também escreveu uma carta para o filho Henry, que foi morto na madrugada do dia 8 de março. Monique Medeiros e o padrasto da criança, o vereador carioca Dr. Jairinho, são suspeitos de terem cometido homicídio duplamente qualificado, pois teria havido emprego de tortura e sem chance de defesa para a vítima. Monique Medeiros nega envolvimento no crime.
“Queria estar preparando agora sua mesa de aniversário com bolo de chocolate, suco de uva, pizza, brigadeiros e muitas coxinhas de frango (como você gostava). (...) Você sabe a mamãe que eu fui pra ti! E isso me basta, filho! O mundo pode não saber, mas você sim. Te amarei para sempre, até o fim dos meus dias. Da sua eterna e apaixonada mãe, Monique Medeiros”, diz um dos trechos da carta direcionada ao filho.
Ela pediu que a avó do garoto colocasse a carta no altar de uma igreja e rezasse uma missa para ele.