Apesar de o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), ter assinado durante a campanha eleitoral um termo de compromisso com o povo mineiro, registrado em cartório, de que nem ele, nem o vice-governador e nem o secretariado iriam receber remuneração até que todos os servidores do Estado, ativos e inativos, estivessem tendo seus vencimentos depositados em dia e sem escalonamento, os secretários de Estado tiveram seus vencimentos relativos ao mês de janeiro depositados. Os valores não foram doados a instituições.
Segundo a legislação mineira, nenhum servidor público pode deixar de receber seus vencimentos, nem por vontade própria. Por esse motivo e para cumprir com o compromisso feito com o povo mineiro, Zema e o vice Paulo Brant doaram seus salários para entidades sociais. O mesmo, porém, não ocorreu com os secretários.
O documento assinado em cartório pelo governador é claro: “Se eleitos (Zema e Brant), não receberão os respectivos vencimentos enquanto houver servidor do Estado de Minas Gerais, ativo ou inativo, com seus vencimentos, aposentadorias ou pensões em atraso ou em parcelamento. A mesma medida também valerá para todos os Secretários de Estado que vierem compor a equipe do governo estadual”.
Apesar disso, após assumir o Executivo, o atual governo amenizou o discurso, afirmando, em nota, que o compromisso assumido em campanha foi de que eles não receberiam o pagamento do salário até que todo o funcionalismo público tivesse recebido integralmente a cada mês, ainda que isso tenha se dado em parcelas.
Ou seja, a promessa de receber após o fim do escalonamento ficou esquecida. Servidores continuam recebendo em parcelas e o 13º salário do ano passado ainda não foi totalmente pago.
A nota destaca que o governo vem “honrando a palavra dada aos mineiros. Os secretários de Estado só recebem seus salários após os funcionários público receberem o vencimento do mês”.
O comunicado enviado pelo governo ainda ressalta que o governador e o vice-governador “por livre e espontânea vontade doaram os salários referentes ao primeiro mês de trabalho, o que não era compromisso de campanha”.
Valores
O salário do governador hoje é de R$ 8.796 líquidos e o do vice-governador chega a R$ 8.621 já descontados os abatimentos legais. Já os secretários recebem a remuneração de R$ 8.446 após os descontos. Apenas o secretário do meio ambiente, Germano Luiz Gomes Vieira, tem remuneração maior que os outros. Ele recebe R$ 9.332, mais R$ 2.000 de Jeton, que é uma gratificação por participações em reuniões de órgãos da administração. No caso do secretário, ele é membro efetivo do conselho fiscal da Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab). Dois secretários não receberam salários ainda, pois não estavam no governo em janeiro: Marcelo Matte (Cultura) e Carlos Eduardo Amaral Pereira da Silva (Saúde).
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Apesar de promessa de Zema, secretários ficam com salários
Governador firmou compromisso em cartório de que pagamento se daria só após fim do parcelamento
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