Somente no ano de 2017, o governo de Minas já acumula uma dívida de R$ 644,758 milhões com 5.802 fornecedores. Esse valor é referente a débitos de serviços realizados e, até agora, não pagos pelo Estado. Isso significa que a administração pública mineira reconheceu o serviço prestado, mas ainda não efetuou o pagamento. O resultado representa uma média de R$ 111 mil de pendência por empresa.
Já no ano passado, essa média estava em R$ 170 mil, sendo o valor total da dívida de R$ 908,548 milhões com 5.325 fornecedores que prestaram os serviços, mas, até o fim de 2016, estavam a ver navios na hora de receber.
A reportagem não obteve da assessoria do governo a informação sobre a quitação dos débitos relativos ao ano passado. Somando as dívidas de 2016 e do primeiro semestre de 2017, as pendências podem chegar a R$ 1,5 bilhão com fornecedores.
Os credores do Estado são empresas que passaram por um processo licitatório. As áreas de atuação dessas companhias variam. Somente uma delas, uma tradicional montadora de veículos que forneceu linhas de veículos para atender secretarias e entidades governamentais pelo interior, tem a receber R$ 12,5 milhões.
Até agora, quem mais sofreu com os atrasos do governo mineiro foram as empresas farmacêuticas: as três companhias privadas com maior valor a receber são da área. A primeira, famosa multinacional do setor, fechou o ano de 2016 aguardando um pagamento de R$ 31,8 milhões. Na sequência, outra empresa estrangeira do ramo cobrava o depósito de R$ 28 milhões por produtos entregues ao Estado. A terceira colocada, brasileira, tinha uma dívida a receber do governo de R$ 26 milhões.
Curiosamente, neste ano, três dos principais calotes do governo do Estado foram dados justamente nas empresas estatais de Minas, em ordem: Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Companhia de Saneamento de Minas (Copasa) e Companhia de Tecnologia da Informação de Minas (Prodemge).
A reportagem questionou o governo mineiro sobre os valores, mas, até o fechamento desta edição, não havia resposta. A falta de dinheiro para pagar os fornecedores não é novidade em Minas Gerais. Desde 2013, o Estado tem visto suas despesas superarem as receitas. Neste ano, a expectativa é que o rombo nas contas públicas alcance o valor de R$ 8 bilhões.
Por conta da situação, o governo mineiro declarou, no final de dezembro de 2016, situação de calamidade financeira.
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Fornecedor está a ver navios
Administração reconheceu, e não pagou, serviços que alcançam R$ 644,7 milhões em 2017
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