O governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), teria faltado a um depoimento marcado na última sexta-feira (8) na Polícia Federal e foi indiciado por corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. De acordo com o jornal “Estado de S. Paulo”, o petista iria prestar declarações sobre fatos no âmbito da operação Acrônimo.
Conforme o diário, para a Polícia Federal, o governador teria favorecido uma grande revendedora de veículos. A PF também teria indiciado Pimentel em outro inquérito, que é desmembramento da Acrônimo, por crime de falsidade ideológica eleitoral.
O indiciamento do governador foi autorizado pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin. A decisão foi proferida em fevereiro deste ano, quando o ministro afirmou que, se os policiais responsáveis pelo caso cumpriram as etapas necessárias à investigação, não havia motivo para impedir o indiciamento. Ainda segundo o jornal, caberá ao Ministério Público Federal (MPF) definir se Pimentel deve ou não ser denunciado.
Em nota, o advogado de Fernando Pimentel, Eugênio Pacelli, se manifestou sobre o ocorrido. "A defesa técnica do governador Pimentel esclarece que ele tem todo o interesse em depor. Mas nos limites da Lei e com obediência à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que reconhecem seu direito a ter todas as informações disponíveis antes de seu depoimento, esperamos que o Ministério Público Federal (MPF), como verdadeiro custos legis, permita que o Governador exerça seu direito de ser ouvido. Tal como já reconheceu a ilegalidade do indiciamento no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ)", informa o comunicado.
Atualizada às 19h03.