Brasília. Para levar adiante a aproximação com o PDT de Ciro Gomes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), terá que vencer forte resistência de seu partido e também de siglas aliadas. Maia é pré-candidato ao Planalto, mas admite que pode deixar o pleito caso entenda que outro postulante tem mais chances.
A simples divulgação de que teria um encontro com Cid Gomes, irmão de Ciro, incendiou o entorno de Maia. O encontro acabou acontecendo longe das câmeras. “Esse cara não tem nada a ver com nosso partido. É instável e não soma nada ao DEM. Se ele (Maia) não for candidato, meu voto é para o Jair Bolsonaro (PSL-RJ)”, disse Alberto Fraga (DEM-DF), líder da bancada da bala.
A resistência a Ciro não se limita à ala mais à direita da legenda. Pesam ainda motivos como opção por outros candidatos ou resistência à verborragia do ex-governador.
O secretário geral do DEM, Pauderney Avelino (AM), move ação na Justiça contra Ciro por injúria. O líder da sigla na Câmara, Rodrigo Garcia (SP), apoia a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), de quem foi secretário da Habitação. O líder do Movimento Brasil Livre Kim Kataguiri, que se filiou ao DEM para concorrer a deputado federal, afirma que seria suicídio político.