O novo ministro de Minas e Energia, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), assumiu oficialmente o cargo nesta sexta-feira (2) após longo pronunciamento de Edison Lobão, ex-ministro e senador pelo PMDB do Maranhão.
Em sua mensagem de despedida, Lobão disse ter cumprido sua missão a frente da pasta "apesar das dificuldades".
Lobão disse ainda que, durante sua gestão, não atendeu a todas as recomendações técnicas dos servidores do ministério, mas que todas as medidas tomadas passaram pela aprovação do corpo técnico da pasta.
Foi em sua gestão que o governo aprovou uma verdadeira revolução no setor elétrico, na tentativa de baixar em 20% o preço da energia para o consumidor.
A mudança fez com que parte dos tributos -antes repassados às tarifas- tivessem de ser assumidos pelo Tesouro Nacional e também que grande parte das concessões do setor tivessem suas renovações antecipadas.
Parte dos efeitos e prejuízos dessa medida, especialmente para empresas do setor, ainda não são conhecidos. Lobão agora retorna para o Congresso Nacional, onde ocupa o cargo pelo PMDB do Maranhão por mais quatro anos.
Petrobras
Sobre o escândalo de corrupção na Petrobras, que vem sendo investigado pela Polícia Federal, o ex-ministro Lobão evitou comentar. Disse apenas que a petroleira torna o Brasil maior e elogiou a gestão da atual presidente Graça Foster.
Graça, que já colocou seu cargo à disposição da presidente Dilma Rousseff, não compareceu à cerimônia.
Já o novo ministro, Eduardo Braga, disse que as denúncias "constituem fatores de perturbação no mercado". Por isso, o que for investigado terá de ser levado em conta para punição dos culpados.
Disse ainda que a Petrobras precisa do "apoio de todos brasileiros para que possa prosseguir na sua tarefa de transformar o Brasil, em um futuro próximo, em um grande produtor mundial de petróleo".
Cortes
Braga disse, também em seu discurso, que o ano de 2015 será "dos mais difíceis". "Executaremos, sobre liderança da presidente Dilma, um necessário e indispensável programa de ajustes capaz de reconduzir o país, em no máximo dois anos, a retomada sustentável do crescimento econômico".