Um ônibus da linha 305 (Estação Diamante/Mangueiras) caiu nesta terça-feira (13) à noite em um córrego, em frente ao número 8 da rua José Luiz Raso, no bairro Mangueiras, na região de Barreiro, na capital, matando cinco pessoas. Os mortos, segundo o Corpo de Bombeiros, são o motorista do coletivo e quatro mulheres que viajavam no ônibus. A identificação das vítimas não havia sido divulgada até as 23h de terça-feira.
Outras 18 pessoas, todas ocupantes do veículo, ficaram feridas, segundo o comandante do 1º Comando Operacional de Bombeiros, coronel William da Silva Rosa. Dessas, pelo menos quatro são casos graves, que foram encaminhados ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS). Outras sete foram socorridas por populares e mais sete vítimas levadas pelos socorristas aos hospitais Odilon Behrens e Risoleta Neves. Entre os feridos graves estaria um adolescente, segundo testemunhas.
Uma moradora contou que o ônibus descia a rua José Luiz Raso e deveria entrar na rua Oscar Galdino, mas passou direto. Cerca de um quarteirão à frente, o coletivo caiu no leito do local, conhecido como córrego do Mangueiras. As causas do acidente ainda serão esclarecidas. O coletivo sai da estação Diamante e faz o retorno no ponto onde aconteceu o desastre.
Um helicóptero foi acionado para ajudar no resgate. Do alto, um canhão de luz ajudou as equipes de resgate a localizarem os feridos que caíram no córrego e também na retirada dos corpos. Todas as ruas de acesso ao local do acidente foram interditadas. Nas imediações era grande a movimentação de curiosos.
Vistoria. Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou na terça-feira que o plano de contingência do Centro de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), que faz o controle integrado da cidade, foi acionado imediatamente. Segundo o comunicado, toda assistência às vítimas foi iniciada tão logo ocorreu o desastre.
Segundo a prefeitura, a última vistoria feita no coletivo foi em 27 de outubro do ano passado e a próxima, de acordo com as normas vigentes, estava programada para 18 de maio deste ano.
Feridos gritavam de desespero, contou moradora que ajudou
Com o desastre, todas as ruas de acesso ao local do acidente precisaram ser fechadas pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros. Muitos curiosos se amontoaram para acompanhar o socorro aos feridos e a retirada dos corpos. Bastante assustada, uma moradora contou que foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local. Segundo ela, os feridos gritavam de desespero e dor.
“Um morador tirou quatro feridos do ônibus. Um garotinho ferido, com uns 10 ou 12 anos, chorava muito”, contou a testemunha, que pediu para não ter o nome revelado.
A doméstica Nádia Vieira da Silva, 40, usuária da linha, reclama das condições do veículo e diz que muita gente tem medo de usar o coletivo. “A situação é precária, chove mais dentro do ônibus do que fora”, diz.
Morte em Itaúna
MG–050. Em outro acidente envolvendo ônibus na terça-feira, um homem de 34 anos morreu em batida na MG–050, na altura de Itaúna, na região Central. Um veículo modelo Gol bateu de frente com um ônibus da viação Pássaro Verde no KM 88.
Ferragens. O Corpo de Bombeiros informou que, quando a corporação chegou ao local, a vítima estava morta, presa às ferragens do carro.