
Alfenas, Montes Claros e Triângulo já receberam novas doses da vacina
A escassez de imunizantes no país pode favorecer o aparecimento de novas cepas do novo coronavírus
Por Aline Diniz
28/02/21 - 18h54
Novas doses chegaram sexta-feira (24)

Foto: Pedro Gontijo/Imprensa MG
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou, neste domingo (28), que já iniciou a distribuição das 220 mil da vacina AstraZeneca/Fiocruz (dose 1) e 137,4 mil da CoronaVac/Butantan (doses 1 e 2), que chegaram ao Estado na última quarta-feira (24).
Das 28 Unidades Regionais de Saúde (URS), três já receberam o imunizante — Alfenas, no Sul de Minas, Montes Claros, no Norte do Estado, e Uberlândia, no Triângulo. O Estado recomenda ainda o ínicio da vacinação dos idosos que tem entre 80 e 84 anos.
As outras doses começam a ser distribuídas para os demais municípios a partir desta segunda-feira (1º). Especialista ouvido pela reportagem acredita que o número de imunizantes ainda é muito insuficiente, e que a demora na vacinação contribui para o aparecimento de novas variantes do novo coronavírus.
Ampliação
A secretaria informou ainda que orienta a ampliação da vacinação. Conforme diretrizes do Ministério da Saúde, e em alinhamento com o Conselho Estadual de Secretaria de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG), nesta etapa, a recomendação aos municípios é vacinar todos os idosos entre 85 e 89 anos, que corresponde a 154.721 pessoas.
Além disso, devem ser imunizados 24% dos que têm entre 80 e 84 anos, atendendo 64.195 pessoas. Em Belo Horizonte, conforme o Vacinômetro da SES-MG, 109.139 pessoas já receberam a primeira dose da vacina. Deste total, 54.247 já receberam a segunda dose.
As outras doses começam a ser distribuídas para os demais municípios a partir desta segunda-feira (1º). Especialista ouvido pela reportagem acredita que o número de imunizantes ainda é muito insuficiente, e que a demora na vacinação contribui para o aparecimento de novas variantes do novo coronavírus.
O que diz o especialista?
Integrante do Comitê de combate à Covid-19 de Belo Horizonte, o infectologista Carlos Starling, esclareceu que a lentidão da vacinação acaba por "fortalecer" o vírus. Além de mais pessoas ficarem doentes, não conter o microorganismo concorre para o aparecimento de novas cepas.
"Quanto mais o vírus circula, mais variantes aparecem. Ele ganha espaço", disse. Ele ressaltou ainda que a situação precária tem relação com a escassez de organização. "A falta de vacinas não é problema estadual ou municipal, é uma falta de planejamento do governo federal", finaliza.
"Quanto mais o vírus circula, mais variantes aparecem. Ele ganha espaço", disse. Ele ressaltou ainda que a situação precária tem relação com a escassez de organização. "A falta de vacinas não é problema estadual ou municipal, é uma falta de planejamento do governo federal", finaliza.
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