Após morte de comerciante no 'tribunal do crime', polícia age na Vila Cemig

A Polícia Civil realiza, na manhã desta sexta-feira (20), uma operação na Vila Cemig, na região do Barreiro, em Belo Horizonte. São cumpridos 21 mandados de busca e apreensão. 

"O objetivo da operação são dois fatos: o primeiro, no dia 7 de novembro, um cidadão de bem, o senhor José Pacheco de Lima, comerciante na Vila Cemig, bandidos invadiram sua casa, o sequestram, torturaram e o mataram. O corpo foi desovado no parque Serra do Rola Moça e foi encontrado no dia 22 de novembro. A Delegacia de Desaparecidos e a minha delegacia, tão logo souberam do desaparecimento, iniciaram as investigações no intuito de apurar os autores. Em decorrência disso foram deflagradas operações pontuais contra o tráfico de drogas, e os traficantes que mataram o senhor José ameaçaram o meu policial civil afirmando que 'a Vila Cemig' estava de olho nele", explicou o delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, da Delegacia de Homicídios do Barreiro. 

 

 

 

 

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Uma publicação compartilhada por O Tempo (@otempo) em 20 de Dez, 2019 às 6:13 PST

Segundo o policial, a motivação para o homicídio do comerciante seria o fato dos criminosos acharem que a vítima estaria passando informações para a polícia. Como forma de vingança, os bandidos montaram um "tribunal do crime".

"Ele tinha um bar e não tolerava venda de drogas dentro do bar e no entorno. Esses bandidos entendiam que o senhor José fosse um informante da polícia. O senhor José não era informante da polícia. A família dele precisou sair da Vila por medo", destacou o policial. 

Em relação aos conflitos entre os integrantes dos grupos criminosos Unidos da Faisão e Demônios da Vila Cemig (DVC), a polícia também está monitorando. 

Até o início da manhã, uma arma havia sido apreendida. Ao todo, 150 policiais participam da ação.