Um homem de cerca de 30 anos foi preso na manhã desta quarta-feira (10) ao tentar roubar uma casa no bairro Bandeirantes, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, e tentar enganar a polícia se passando por morador da residência. O homem só foi pego após a proprietária da casa, que estava no local, se trancar em um cômodo para se esconder e chamar a polícia.
A dona do imóvel, uma médica veterinária de 45 anos, informou que estava dormindo quando ouviu os passos do homem na residência. Inicialmente, ela achou que fosse o marido entrando em casa, e pensou que ele pudesse ter esquecido algo antes de ir para o trabalho. Ao se levantar para ir ao banheiro, a mulher viu o suspeito entrar dentro do quarto, momento em que se trancou no banheiro e ligou para a polícia. O assaltante teria entrado na casa pulando o muro da frente e, em seguida, passando pela porta da cozinha.
Os militares tocaram o interfone quando chegaram à residência, mas quem atendeu foi justamente o suspeito. Ele tentou se passar por um morador da casa, afirmou que se chamava “Mohamede” e pediu perdão pelo comportamento dos pais de terem chamado a polícia. Ao descer para falar com a PM, o suspeito se enrolou em um edredom para dar mais veracidade a versão.
Com a resistência do suspeito em abrir a porta para a PM, os oficiais, que continuaram em contato com a vítima via telefone, solicitaram autorização para arrombar um dos portões e entraram à força.
A vítima não chegou a ter contato com o suspeito. A polícia informou que ele tem cerca de 30 anos e precisou ser contido por atendentes do Samu porque estava muito agitado. Para a polícia, ele aparenta ter problemas mentais. Ele chegou a tirar a roupa e unhar um dos militares, que precisou ser medicado.
O suspeito foi levado para uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) para ser medicado com um acalmante e ainda não foi identificado. A polícia vai tentar descobrir a identidade dele por meio de reconhecimento facial.
'Pensaram que eu estava de refém'
O marido da vítima, um engenheiro de 51 anos, relatou que estava no trabalho quando o crime aconteceu. Segundo ele, nada do tipo nunca havia acontecido.
“A polícia me ligou e perguntou se estava tudo bem comigo, porque pensaram que eu havia sido feito refém. O bairro aqui tem um policiamento constante e parece que a ação da polícia foi bem rápida. Foi um susto muito grande. Até chegar aqui, conversar com a minha esposa e tranquilizar, é um susto muito grande”, afirmou.
Texto atualizado às 9h50