Presos pela Polícia Civil

Assaltantes deixam arma cair e bala atinge a perna de um deles no bairro Grajaú

Suspeitos foram presos pela Polícia Civil; um dos dois havia sido colocado em liberdade devido à pandemia de coronavírus

Por Gabriel Rodrigues
Publicado em 04 de maio de 2020 | 15:34
 
 
 
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Depois de passarem uma década presos por crimes como roubo e sequestro, dois irmãos voltaram para trás das grades ao assaltarem um apartamento no bairro Grajaú, na região Oeste de Belo Horizonte. O mais novo, Lucas, de 30 anos, já havia sido preso no dia 20 de março, e a Polícia Civil de Minas Gerais prendeu o irmão Alex, 35, na última semana, no Morro das Pedras, também na região Oeste.

Durante a fuga, no dia do assalto, a arma de fogo teria caído no elevador do prédio que assaltaram e disparado, atravessando parte da perna de um dos suspeitos. Eles apanharam a bala no chão e saíram correndo, depois de serem avistados pelo porteiro. Em imagens de segurança, é possível ver um dos suspeitos mancando ao sair do elevador.

Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (4), o delegado Gustavo Barletta e o inspetor Geraldo Romeu, responsáveis pelo caso, deram mais detalhes sobre o crime mais recente. Segundo a investigação, no dia 5 de fevereiro deste ano, os dois suspeitos abordaram a empregada doméstica, de cerca de 60 anos, que trabalha na casa das vítimas, enquanto ela caminhava pela rua até o prédio. 

No dia 5 de fevereiro, de guarda-chuva pela rua, eles fingiram apenas querer informações sobre como chegar à Copasa, mas anunciaram o assalto assim que ela colocou a chave no portão. Eram cerca de 7h40, e o porteiro só começaria a trabalhar às 8h. O elevador exige uma senha para ser acionado, e a empregada chegou a errá-la uma vez.

Quando chegaram ao apartamento, os suspeitos se depararam com o dono da casa, que ele dividia com a esposa e com duas filhas, de 8 e 10 anos. “O homem estava tomando café da manhã. Foi abordado com arma de fogo e amarrado. Os ladrões queriam saber onde estavam jóias, cofre e dinheiro. A esposa estava em um quarto e as filhas, no outro”, relata o delegado Barletta. O homem era médico e a mulher, procuradora, mas a polícia não sabe se os suspeitos tinham ciência de que eram pessoas com alto poder aquisitivo. 

Todos os moradores e a empregada foram amarrados, exceto as crianças, e ameaçados de morte enquanto os suspeitos revistavam a casa em busca de bens. Eles levaram cinco celulares, R$ 500 reais em espécie, cinco relógios e várias joias, avaliadas em R$ 200 mil reais. 

A Polícia Civil conseguiu recuperar um dos relógios, um cordão de ouro, um celular e um fone de ouvido. Os suspeitos teriam vendido as joias por R$ 20 mil e repartido o valor, tendo gasto R$ 5,5 mil, até então. Recuperar as joias, segundo os responsáveis pelo caso, é mais difícil, porque comerciantes derretem o ouro. 

Um dos suspeitos havia sido colocado em liberdade devido à pandemia de coronavírus

Os dois irmãos estavam em regime de semiliberdade desde o final de 2017, ou seja, apenas dormiam na cadeia. Ainda assim, teriam continuado praticando crimes desde então, e um deles estava foragido. O outro foi colocado em liberdade total no início deste ano, devido à pandemia de coronavírus.

Segundo a Polícia Civil, eles já cometeram outros crime sem Belo Horizonte, especialmente nos bairros Belvedere, Buritis, Grajaú e Gutierrez. Outros dois assaltos a casas podem ter sido cometidos por eles neste ano, com método semelhante, no Belvedere e no Gutierrez.   

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