Sem saber ainda as causas do incêndio no Mariângela Buffet, na madruga desta terça-feira (1), no bairro de Lourdes, na região centro-sul de Belo Horizonte, a proprietária do negócio, Valéria Prates, 52, foi até o local para contabilizar os prejuízos.
A empresária afirma que ficou sabendo do incidente ainda próximo de meia noite quando recebeu ligações de vizinhos do estabelecimento. Ela diz que levou um susto quando chegou ao local, ainda na madrugada, e viu a altura em que as chamas chegaram. O incêndio deixou o local completamente destruído.
"É assustador, assustador. Você ver que o seu trabalho está sendo destruído. Ainda bem que foi só uma parte do trabalho, mas é muito triste. Agora, o que a gente tem que agradecer sempre é que não teve vítima e não tinha ninguém aqui no momento. Era tarde da noite e a gente está trabalhando com restrição de funcionários, mas não é fácil", disse a empresária.
Valéria Prates explica que o incêndio teve início no almoxarifado do bufê, local em que ficavam duas câmaras frigoríficas, freezers e alimentos que, como o estabelecimento não estava em funcionamento devido à pandemia de coronavírus, eram armazenados para serem utilizados em uma lanchonete da família.
Na manhã desta terça-feira ainda era possível sentir um cheiro forte de fumaça no local. Parte de um teto desabou e computadores, prateleiras, mobiliários e utensílios de cozinha também foram perdidos. O imóvel é alugado e, de acordo com a dona do bufê, o proprietário tem seguro contra incêndio.
"Pode ter sido a parte elétrica, mas os bombeiros ainda não sabem, estamos aguardando a perícia. O prejuízo agora são câmeras frigoríficas, freezer, geladeiras, muita comida, tínhamos camarão, filé, bacalhau, frutos do mar, muita coisa. Não sei como vão estar os documentos e como vamos encontrá-los", lamenta.
Ainda com a pandemia de coronavírus, todas as festas do bufê agendadas para 2020 foram remarcadas para 2021. Apesar do incêndio, a proprietária afirma que tudo será reconstruído e as festividades, assim que houver flexibilização das medidas restritivas, serão realizadas.
"Esse incêndio não atrapalha o nosso trabalho. A partir de hoje, a gente já começa a reconstrução e a comprar os equipamentos", disse.
A reportagem entrou em contato com a Defesa Civil de Belo Horizonte, que informou, por meio da assessoria de imprensa, que não foi acionada para atendimento dessa ocorrência. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que a perícia técnica da instituição foi acionada e que irá apurar a circunstâncias do incêndio.
Atualizada às 10h46