Na sexta-feira de manhã, os brasileiros vão poder assistir ao último eclipse parcial do Sol de 2006. Em Belo Horizonte, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está preparando um esquema especial para que visitantes possam acompanhar o fenômeno.
Onze turmas de crianças de escolas públicas da região metropolitana já se cadastraram para ir até o Museu de História Natural e Jardim Botânico e ao observatório da serra da Piedade.
Além dos estudantes, a entrada é franca para qualquer pessoa que queira ver o eclipse nos dois lugares. Segundo o coordenador do grupo de astronomia da UFMG e do Observatório Frei Rosário, Renato Las Casas, o eclipse vai começar às 6h30 com término previsto para as 8h56.
O ponto máximo será às 7h38, quando 45,2% do Sol será ocultado pela Lua. "No Brasil vamos ver um eclipse parcial do Sol. Ele só será visto totalmente no Norte da América do Sul (Guianas) e em parte do oceano Atlântico, mas, quanto mais ao Norte de Minas, melhor a visão."
Dicas
O último eclipse parcial do Sol aconteceu há cinco anos e a previsão é que em setembro do ano que vem outro possa ser visto, mas com apenas 20% de ocultação.
"Sabemos que a Terra gira em torno do Sol e a Lua, em torno da Terra. De tempos em tempos, coincide de ter um alinhamento entre Sol, Terra e Lua, sendo que a Lua impede que a luz solar chegue em algumas regiões", disse Las Casas.
No observatório da serra da Piedade existe um telescópio profissional e no Museu de História Natural há um equipamento equivalente, que permite a observação direta do Sistema Solar. No museu, ainda serão montadas três salas para projeções. De acordo com Casas, o eclipse poderá ser visto de vários lugares, mas nunca a olho nu.
"É perigoso danificar a visão olhando para o Sol sem nenhuma proteção por causa da radiação ultravioleta." Ele alertou que métodos usados para ver melhor o eclipse como a utilização de vidro fumê, por exemplo, podem provocar danos à visão.
"O filme de raio X, se já tiver sido revelado, não tem problema, mas as pessoas devem ficar atentas ao local por onde a luz vai passar. Tem que ver pela região mais escura do filme", esclareceu. Outra dica é usar o vidro de soldador número 14 ou maior.