A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou nesta segunda-feira (8) que concluiu as investigações do caso da síndrome nefroneural, possivelmente provocada por contaminação de dietilenoglicol após ingestão de bebidas da Cervejaria Backer.
De acordo com o órgão, o documento acumula proximadamente quatro mil páginas. Mais de 70 pessoas prestaram depoimentos, entre elas sobreviventes da doença, suspeitos e testemunhas.
bancário deixa hospital após 6 meses internado
Os trabalhos, coordenados pela 4ª Delegacia do Barreiro, começaram no dia 5 de janeiro deste ano. Em abril, a hipótese de sabotagem foi descartada.
Todas as informações sobre as investigações, bem como um possível indiciamento dos autores, serão repassadas à imprensa e à sociedade na manhã desta terça-feira (9).
Relembre
Nos primeiros dias de 2020, algumas pessoas ficaram doentes após consumirem cervejas da Backer, principalmente a Belorizontina, um de seus rótulos mais conhecidos. O que começou como um boato nas redes sociais, começou a ganhar destaque.
Após testes em amostras, laudo da PCMG no dia 9 de janeiro indicou a presença de dietilenoglicol no produto, uma substância tóxica anticongelante, de uso muito comum na indústria cervejeira. Sua ingestão pode provocar sintomas como insuficiência renal e problemas neurológicos, o que causara a síndrome nefroneural, doença até então desconhecida.
Família de homem pede ajuda com tratamento de R$ 8,9 mil/mês
Ao todo, nove pacientes vieram a óbito, provavelmente por causa da doença e 42 pessoas são consideradas vítimas dessa intoxicação. A Justiça determinou que a empresa arcasse com todos os custos médicos das 33 vítimas vivas, o que ainda não aconteceu.