Paulo Sérgio de Oliveira, de 50 anos, principal suspeito de matar Bárbara Victória de 10 anos em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, nunca tinha ido até a casa da tia dele, no bairro Cachoeirinha, região Nordeste de Belo Horizonte, onde se matou na tarde de quarta-feira (3). Ele chegou ao imóvel na terça-feira (2) e pediu para dormir por lá, mas não contou à tia, de 60 anos, o motivo da visita.
Até a manhã desta quinta (4), nenhum parente ou amigo tinha ido ao Instituto Médico Legal (IML) para reconhecer o corpo de assassino.
De acordo com o boletim de ocorrência obtido pela reportagem, a mulher disse aos policiais que ela nunca tinha recebido a visita do sobrinho no imóvel e que só nessa quarta-feira, com ele morto já, ela ficou sabendo das acusações que pesavam contra ele.
Por volta das 14h30, o sobrinho disse que ia fazer a barba, foi para o quarto em que ela o deixou ficar e trancou a porta. Após algum tempo, a tia ficou preocupada porque o sobrinho não saiu e passou a chamar por ele, sem resposta. Ela então chamou o marido dela. Os dois arrombaram a porta do cômodo e se depararam com o homem enforcado. A mulher alegou que entrou em desespero e não conseguiu tirar o parente, que estava preso em um laço de corda.
Após ver a cena, a mulher saiu na rua gritando por socorro, quando populares acionaram a Polícia Militar. O imóvel foi periciado pela Delegacia de Homicídios de Belo Horizonte e também pelo delegado de Ribeirão das Neves, que acompanha os desdobramentos da morte de Bárbara Victória.
Por meio do seu porta-voz, o delegado Saulo Castro, a Polícia Civil disse que não tinha como confirmar a causa da morte do suspeito e também da criança, mas que as investigações seguirão.